Conhecimento como criação
subversão de tecnologia educacional na periferia do capitalismo
DOI:
https://doi.org/10.7213/1981-416X.24.080.AO10Resumo
O presente ensaio propõe a hipótese de que, no contexto educacional, fundamentos anti-cartesianos sobre conhecimento oferecem possibilidades de subversão de tecnologias para arrefecimento das estruturas de opressão, controle e dominação. A partir de metodologia de revisão bibliográfica o ensaio relaciona assuntos como ciência cognitiva e estudos decoloniais para pensar dois casos de tecnologias educacionais e suas implicações políticas. Para alcançar esses objetivos o texto articula-se em três partes. A primeira delas descreve a noção de conhecimento, fundamento para quaisquer discussão sobre aprendizagem ou ensino, no contexto da área de ciência cognitiva. A etapa seguinte discute a relação entre ferramentas educacionais de tempos diferentes e seus fundamentos conceituais cartesianos enquanto definidores de suas políticas e histórias de uso. Uma terceira parte encaminha relações e conclusões sobre possibilidades de subversão da ordem colonizadora. Nessa etapa apresenta-se um caminho de emancipação por meio da desobediência e da criação de formas de utilizar ferramentas educacionais para narrar as próprias histórias na periferia do capitalismo.
Downloads
Referências
BARRA, V. M. L. A lousa de uso escolar: traços da história de uma tecnologia da escola moderna. Educar em Revista. Curitiba, n. 49, p. 121-137. 2013, jul/set.
BASTOS, M. H. C. Do quadro-negro à lousa digital: a história de um dispositivo escolar. Cadernos de História da Educação. Uberlandia, v. 4. 2005, jan/dez.
CARNEIRO, S. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. 2006. Tese (Doutorado em Educação)- Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 60a. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2016.
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.
GARDNER, H. Por uma nova ciência da mente. 2a. ed. São Paulo: EDUSP, 1996.
GRAPHOGAME: um aplicativo educativo que torna mais divertida a aprendizagem. Portal do Governo Brasileiro - Ministério da Educação - Política Nacional de Alfabetização, 2020. Disponível em: https://alfabetizacao.mec.gov.br/grapho-game Acesso em 24/01/2023.
hooks, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. 2a. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2017.
INGOLD, T. Estar Vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Rio de Janeiro: Vozes, 2015.
KILOMBA, G. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. 1a. ed. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
MATURANA, H. Da biologia à psicologia. 3a. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2003.
MATURANA, H. A ontologia da realidade. 2a. ed. Belo Horizonte, Editora da UFMG, 2014.
MATURANA-ROMESIN, H.; MPODOZIS, J. The origin of species by means of natural drift. Rev. chil. hist. nat., Santiago , v. 73, n. 2, p. 261-310, jun. 2000 . Disponible en <http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0716-078X2000000200005&lng=es&nrm=iso>. accedido en 28 sept. 2023. http://dx.doi.org/10.4067/S0716-078X2000000200005.
MATURANA, H. e VARELA, F. De máquinas e seres vivos: autopoiese - a organização do vivo. 3a. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002.
MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da Percepção. 1a. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
MIGNOLO, W. The darker side of renaissance: literacy, territoriality and colonization. 2a. ed. Ann Arbor: The University of Michigan Press, 2003.
MIGNOLO, W. Local histories/global designs: coloniality, subaltern knowledges, and border thinking. Princeton: Princeton University Press, 2012.
NEWEN, A.; DE BRUIN, L.; GALLAGHER, S. The Oxford handbook of 4E cognition. Oxford: Oxford University Press, 2018.
RUMELHARDT, D, MCCLELLAND, J.; HINTON, G. E. Parallel distribuited processing: explorations in the microstructure of cognition. Cambridge: The MIT Press, 1986.
VARELA, F.; THOMPSON, E.; ROSCH, E. A mente incorporada: ciências cognitivas e experiência humana. Porto Alegre: Artmed, 2003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Editora Universitária Champagnat
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O(s) autor(es) transfere(m), por meio de cessão, à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 76.659.820/0009-09, estabelecida na Rua Imaculada Conceição, n.º 1155, Prado Velho, CEP 80.215-901, na cidade de Curitiba/PR, os direitos abaixo especificados e se compromete a cumprir o que segue:
- Os autores afirmam que a obra/material é de sua autoria e assumem integral responsabilidade diante de terceiros, quer de natureza moral ou patrimonial, em razão de seu conteúdo, declarando, desde já, que a obra/material a ser entregue é original e não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual de terceiros.
- Os autores concordam em ceder de forma plena, total e definitiva os direitos patrimoniais da obra/material à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, a título gratuito e em caráter de exclusividade.
- A CESSIONÁRIA empregará a obra/material da forma como melhor lhe convier, de forma impressa e/ou on line, inclusive no site do periódico da EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, podendo utilizar, fruir e dispor do mesmo, no todo ou em parte, para:
- Autorizar sua utilização por terceiros, como parte integrante de outras obras.
- Editar, gravar e imprimir, quantas vezes forem necessárias.
- Reproduzir em quantidades que julgar necessária, de forma tangível e intangível.
- Adaptar, modificar, condensar, resumir, reduzir, compilar, ampliar, alterar, mixar com outros conteúdos, incluir imagens, gráficos, objetos digitais, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fracionar, atualizar e realizar quaisquer outras transformações, sendo necessária a participação ou autorização expressa dos autores.
- Traduzir para qualquer idioma.
- Incluir em fonograma ou produção audiovisual.
- Distribuir.
- Distribuir mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permite ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário.
- Incluir e armazenar em banco de dados, físico, digital ou virtual, inclusive nuvem.
- Comunicar direta e/ou indiretamente ao público.
- Incluir em base de dados, arquivar em formato impresso, armazenar em computador, inclusive em sistema de nuvem, microfilmar e as demais formas de arquivamento do gênero;
- Comercializar, divulgar, veicular, publicar etc.
- Quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas.
- Os autores concordam em conceder a cessão dos direitos da primeira publicação (ineditismo) à revista, licenciada sob a CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION LICENSE, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
- Os autores autorizam a reprodução e a citação de seu trabalho em repositórios institucionais, página pessoal, trabalhos científicos, dentre outros, desde que a fonte seja citada.
- A presente cessão é válida para todo o território nacional e para o exterior.
- Este termo entra em vigor na data de sua assinatura e é firmado pelas partes em caráter irrevogável e irretratável, obrigando definitivamente as partes e seus sucessores a qualquer título.
- O não aceite do artigo, pela EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, tornará automaticamente sem efeito a presente declaração.