Violação intraescolar de direitos humanos: jogo de espelhos

Autores

  • Candido Alberto Gomes Professor de Sociologia e Educação do Programa de Graduação em Educação da Universidade Católica de Brasília (UCB), DF - Brasil.
  • Diogo Acioli Mestre em Educação pela Universidade Católica de Brasília (UCB), doutorando em Educação pela Universidade Católica de Brasília, Brasília, DF .
  • María Teresa Prieto Quezada Professora pesquisadora da Universidad de Guadalajara, Centro Universitario del Norte, México, colaboradora da Cátedra Unesco de Juventude.

DOI:

https://doi.org/10.7213/dialogo.educ.10201

Resumo

Esta pesquisa exploratória de casos múltiplos analisa as dinâmicas das relações entre estudantes adolescentes em escolas consideradas de elevada violência, pelas quais se constituíam grupos de agressão/proteção, com os seus dominadores e dominados. Os estabelecimentos se configuraram como reflexos de contextos sociais violentos e, ao mesmo tempo, atuavam como laboratórios de violências, onde, a estas eram importadas, ressignificadas e devolvidas à sociedade. Com isso, tornavam-se âmbitos de violação dos direitos humanos. Políticas públicas amplas que desconheçam essa fina tessitura das relações sociais correm o risco de não chegar à intimidade das dinâmicas da violência e, assim, de não alcançar objetivos e metas. Propõem-se alternativas para a superação das violências, nas perspectivas da filosofia e sociologia da educação. 

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Publicado

2013-07-11

Como Citar

Gomes, C. A., Acioli, D., & Prieto Quezada, M. T. (2013). Violação intraescolar de direitos humanos: jogo de espelhos. Revista Diálogo Educacional, 13(39), 505–520. https://doi.org/10.7213/dialogo.educ.10201