A Concepção de Alfabetização e Letramento na Política Nacional de Alfabetização (PNA): entre tropeços e retrocessos

Autores

  • Maria Eurácia Barreto de Andrade UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA http://orcid.org/0000-0001-9910-0527
  • Sineide Cerqueira Estrela Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC-BA). Pesquisadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em História, Educação e Gênero, vinculado à Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

DOI:

https://doi.org/10.7213/1981-416X.21.069.AO03

Resumo

O artigo em foco tenciona tecer considerações acerca da problemática do ensino aprendizagem inicial da leitura e da escrita frente às novas exigências sociais, o perfil dos sujeitos que se fazem necessários para atender às demandas postas pelo cotidiano e os posicionamentos legais contidos na atual Política Nacional de alfabetização (PNA), tendo como objetivo principal a realização de um estudo preliminar com bases teóricas e metodológicas para conhecer o projeto político de alfabetização normatizado pelo MEC, em abril de 2019, visando identificar a concepção de alfabetização presente e suas principais implicações sociais e políticas. O objetivo secundário deste artigo é ratificar as pesquisas dos vários autores brasileiros e estrangeiros, que há décadas vêm se debruçando sobre a problemática da alfabetização e as várias facetas implicadas, e que têm contribuído para auxiliar os professores no seu quefazer alfabetizador e político. Amparamo-nos, para defender nossos argumentos, nas diversas vozes, intencionalmente silenciadas no documento pautado, tais como: Soares (2004a), Freire (2000; 2005), Ferreiro e Teberosky (1985), Mortatti (2019), Frade (2019), Monteiro (2019), dentre outros. Na esteira desse desafio, a realização deste artigo ocorre por meio de pesquisa documental e bibliográfica. Os resultados apontados indiciam que, longe de preparar os sujeitos para atender aos apelos sociais e políticos, a PNA apresenta uma concepção equivocada de alfabetização que, no máximo, presta-se a preparar analfabetos funcionais, deslocando o foco do aprender para o “ensinar”, por meio da ditadura do método único (fônico), integrante do método sintético, desmerecendo todo o conhecimento produzido no Brasil até então.

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Biografia do Autor

Maria Eurácia Barreto de Andrade, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

Profª Drª da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), com atuação no Cento de Formação de Professores (CFP). Pesquisadora e líder do Núcleo Carolina Maria de Jesus: Pesquisa e Extensão em Educação Popular, Agroecologia e Alfabetização da Classe Trabalhadora, vinculada ao Programa de Extensão Tecelendo (CFP/UFRB).

Sineide Cerqueira Estrela, Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC-BA). Pesquisadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em História, Educação e Gênero, vinculado à Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

Profª Drª da Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC-BA), com atuação na coordenação Pedagógica da Educação Básica. Pesquisadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em História, Educação e Gênero, vinculado à Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e Pesquisadora do Núcleo Carolina Maria de Jesus: Pesquisa e Extensão em Educação Popular, Agroecologia e Alfabetização da Classe Trabalhadora, vinculada ao Programa de Extensão Tecelendo (CFP/UFRB).

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Publicado

2021-05-10

Como Citar

Eurácia Barreto de Andrade, M., & Estrela, S. C. (2021). A Concepção de Alfabetização e Letramento na Política Nacional de Alfabetização (PNA): entre tropeços e retrocessos. Revista Diálogo Educacional, 21(69). https://doi.org/10.7213/1981-416X.21.069.AO03