Incursões sobre a estruturação da disciplina de Libras nos cursos de formação de professores

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7213/1981-416X.20.067.AO03

Resumo

O artigo busca problematizar as práticas discursivas, dentre elas as legislações que regem a disciplina de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e as demandas da comunidade surda por transformações na estruturação dessa disciplina, as quais se estabelecem como verdades, constituindo e legitimando o ensino de Libras como segunda língua no ensino superior. Dessa forma, visa oportunizar reflexões sobre a estruturação da disciplina de Libras nas Instituições de Ensino Superior do Rio Grande do Sul. O aporte teórico conta com as principais pesquisas acadêmicas atuais da área do ensino de Libras como segunda língua, como Santos e Klein (2015), Nascimento e Sofiato (2016) e Mélo (2019). A pesquisa tem caráter qualitativo, por meio de levantamento de dados retirados das ementas e planos de ensino da disciplina de Libras de tais instituições. Foi realizada busca detalhada, catalogação e análise dos documentos mencionados, objetivando encontrar neles algumas recorrências em sua estruturação. Este texto problematiza três delas: a pouca carga horária destinada à disciplina e o excesso de conteúdo a ser ensinado; a priorização de conteúdos considerados práticos em detrimento da teorização da disciplina e a generalização de conteúdos nos diferentes cursos de licenciatura. A conclusão é de que ainda são urgentes discussões com alcances mais amplos, englobando professores de Libras, coordenadores de cursos e gestão acadêmica, a fim de pensar conjuntamente a reestruturação da disciplina de Libras, dando ênfase mais às habilidades de expressão e compreensão dos dizeres da língua, mas também, formando um profissional consciente das singularidades linguísticas de seus futuros alunos.

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Biografia do Autor

Karina Ávila Pereira, Universidade Federal de Pelotas - UFPel

Professora Adjunta na Universidade Federal de Pelotas- Área de Libras. Graduada em Letras- Língua Inglesa e Literaturas de Língua Inglesa/ Universidade Federal de Pelotas. Possui Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional/Instituto Educar Brasil. Mestre e Doutora em Educação pela Universidade Federal de Pelotas. Atua em pesquisas relacionadas à Educação de surdos e Línguística da Libras. Coordenadora do Projeto de Extensão A Comunidade surda reinventando a arte do balé.

Mayara Bataglin Raugust, Universidade Federal de Pelotas - UFPel

Doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, com doutoramento sanduiche em andamento na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), em Paris - França. Possui Graduação em Educação Especial pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2010); Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2014). É Professora da Área de Libras do Centro de Letras e Comunicação da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).  Tem experiência na área de Tradução Interpretação em Libras/Língua Portuguesa com ênfase em vídeo conferências, enventos, congressos, seminários, concursos, etc, e na área de Educação de Surdos atuando principalmente nos seguintes temas: ensino da libras como L2, subjetividades surdas, e arte surda.

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Publicado

2020-11-04

Como Citar

Pereira, K. Ávila, & Raugust, M. B. (2020). Incursões sobre a estruturação da disciplina de Libras nos cursos de formação de professores. Revista Diálogo Educacional, 20(67). https://doi.org/10.7213/1981-416X.20.067.AO03