As políticas externas e a formação de professores na história da educação brasileira (1930-1946)
DOI:
https://doi.org/10.7213/dialogo.educ.13.040.DS12Resumen
Este artigo trata da influência de políticas externas na formação docente no Brasil, ao longo de sua história. A partir do Ratio Studiorum e do positivismo, passando pelo iluminismo italiano, pela adoção do método de Lancaster e Bell, com incursões pelo método intuitivo, chega-se ao ideário liberal, com destaque para o período de 1930 a 1946. Optou-se por realizar uma pesquisa bibliográfica e documental, na qual, por meio da análise de conteúdo de documentos selecionados, estabeleceu-se um diálogo crítico com as fontes. Os dados foram problematizados com apoio nas obras de Carvalho (1989), Mendonça (2005), Saviani (2004), Tanuri (2000), Valdemarin (1998), entre outras, buscando-se apreender o significado histórico e político dos fundamentos teóricos e ideológicos enunciados nos documentos e que implicam as políticas para a formação de professores. Procurou-se evidenciar que, no decorrer da história, o modo de produção e a concepção de Estado, sociedade e educação estiveram inter-relacionados e influenciaram as políticas educacionais e, em especial, a formação de professores. Com este estudo, foi possível verificar que as propostas políticas pedagógicas voltadas à formação de professores no Brasil receberam, embrionariamente, influências externas de distintas realidades educacionais, povos, culturas e países.Descargas
Citas
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