A EDUCAÇÃO NO TEMPO DA ÉTICA - Conexões entre Paradigmas Divergentes
DOI:
https://doi.org/10.7213/rde.v1i1.3247Abstract
A ética é a prática de reconciliação do homem consigo mesmo, tanto quanto com os outros. Por isso Sócrates (469-399 a.C.), “o mais sábio dos homens” segundo o oráculo de Delfos e o primeiro grande filósofo moralista do ocidente, sustentava em seus ensinamentos o dístico existente no frontispício do templo dedicado a Apolo: “Conhece-te a ti mesmo”. Agia assim movido pela convicção de que os deuses não sofriam das paixões humanas e que o homem, ao conhecer-se, saber-se-ia unido àqueles e, portanto, liberto de seus tormentos. Não é sem motivo, pois, que Aristóteles (384-322 a.C), herdeiro indireto da filosofia socrática, afirmava1 que a ética deveria investigar o referencial de escolha para a emoção e a ação, através do uso da reta razão.Downloads
References
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. 2.ª ed., Brasília, Edunb, 1992.
MARITAIN, Jaques. A Filosofia Moral. 2ª ed., Rio de Janeiro, Agir, 1973, p.52.
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ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. 2ª ed., Brasília, Edunb, 1992, p.21.
Idem Ibidem
Idem p. 22
Idem p. 23
Idem p. 26
Idem p. 20
Idem ibidem
Idem ibidem
Idem ibidem
SÁNCHEZ VÁZQUEZ, Adolfo. Ética.18ª ed., Rio de Janeiro, Civilizações Brasileira,1998, p.12
A associação da “excelência moral”com “phrônesis” vai sendo estabelecida ao longo da reflexão de
Aristóteles, num trabalho progressivo de aproximação.
A nosso ver “prudência” e “discernimento” são termos associados na tradução de “phrônesis”: como vemos na É tica a Nicômaco, discernimento é, para Aristóteles, o meio termo por excelência, ou seja,
a capacidade de discernir entre os excessos, entre os vícios, e, agindo assim, a pessoa torna-se prudente. Além do que a “phrônesis” , como discernimento, aproxima a excelência moral da excelência intelectual, que, conquanto distintas, não são inconciliáveis, visto que tanto a orientação ética é racional quanto o Bem Supremo em Aristóteles é a Vida Contemplativa.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. 2ª ed., Brasília, 1992, p. 41
Ao discutir o Bem Supremo, Aristóteles à vezes relaciona felicidade-prazer (hedonismo), às felicidade sofrimento ascetismo), visando demonstrar (especialmente nos Livros II e X) que a felicidade não é
nem uma nem outra coisa.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. 2ª ed., Brasília, 1992, p.41
Idem Ibidem
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