Esperanças, receios, crenças e valores: o que está presente no imaginário do professor quando planeja sua proposta de trabalho integrando as tecnologias?
DOI:
https://doi.org/10.7213/rde.v10i31.2440Abstract
A pesquisa teve como objetivo analisar esperanças, receios, crenças e valores presentes no imaginário do professor quando este inclui as tecnologias educativas na sua proposta de trabalho. Como referencial teórico foram utilizados os trabalhos de Durand (2001), Teixeira (2000, 2004), além de autores que relacionam o imaginário à tecnologia como Felinto (2003) e Barreto (2009). Foram sujeitos dessa pesquisa os profissionais da educação que participaram da formação realizada nos anos de 2006, 2007 e 2008 dentro do Projeto Cri@tividade, parceria entre a Secretaria Municipal da Educação e a PUCPR. A pesquisa exploratória apontou que o papel que o professor assume diante da aprendizagem de seus alunos, por meio do uso das tecnologias educativas nos relatórios do Projeto Cri@tividade, é de uma postura bastante responsável na busca pela transformação da sua realidade, apesar de atribuir às tecnologias, em alguns momentos, um exacerbado poder de redentora dos problemas da educação. As dificuldades, sejam elas no sentido da organização das aulas, do planejamento, dos equipamentos, são resolvidas, na maioria das vezes, com criatividade e ações simples, pelo próprio professor. Isso mostra que a crença na tecnologia poderia ser utilizada no contexto de formação como elemento ativador da reflexão do professor, para que este possa reconhecer seu próprio poder e competência, por ter conseguido transformar, por meio de seu planejamento, criatividade e ações, uma tecnologia em instrumento de aprendizagem para o seu aluno.Downloads
References
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Edição revista e atualizada. Lisboa: Editora
, 1998.
BARRETO, R. G. Discursos, tecnologias, educação. Rio de Janeiro: Ed.UERJ,
BIONDI, R. L.; FELICIO, F. Atributos escolares e o desempenho dos
estudantes: uma análise em painel dos dados do Saeb. Brasília: MEC, 2007.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 20 dez. 1961. Disponível em: <http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=75529>. Acesso em: 22 nov. 2009.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 23 dez. 1996. p. 27833. Disponível em: . Acesso em: 23 nov. 2009.
BRITO, G.; PURIFICAÇÃO, I. Educação e novas tecnologias um repensar. 2. ed. Curitiba: IBPEX, 2006.
COSTA, J. W.; GONTIJO, F. L. Uma experiência com software educativo na escola: a tecnologia e a prática pedagógica em discussão. Dissertação (Mestrado em Educação Tecnológica) – Centro Federal de Educação Tecnológica Minas Gerais, 2001. Disponível em: <http://www.senept.cefetmg.br/galerias/ Arquivos_senept/anais/terca_tema5/TerxaTema5Artigo11.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2009.
CHARLOT, B.; BAUTIER, E.; ROCHEUX, J. Y. École et savoir das les banlieus et ailleurs. Paris: Bordas, 2001.
DURAND, G. O imaginário: ensaios acerca das ciências e da filosofia da imagem. Rio de Janeiro: Difel, 2001.
FELINTO, E. Por uma crítica do imaginário tecnológico. Novas tecnologias e imagens da transcendência. Revista Galáxia, v. 6, n. 11, p. 107 123, 2003.
FELINTO, E. A religião das máquinas: ensaios sobre o imaginário da cibercultura. Porto Alegre: Sulina, 2006.
FERREIRA, N. T.; EIZIRIK, M. F. Educação e imaginário social: revendo a escola. Em Aberto, v. 14, n. 61, p. 5-14, 1994.
FLICK, U. A pesquisa qualitativa: relevância, história, aspectos. In:
FLICK, U. Uma introdução à pesquisa qualitativa. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.
GARCIA, C. M. Formação de professores: para uma mudança educativa. Porto: Porto Editora, 1999.
KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas, SP: Papirus, 2007.
KENSKI, V. M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 7. ed. Campinas: Papirus, 2009.
LEMOS, A. Cibercultura: tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Porto Alegre: Sulina, 2002.
MARTINEZ, J. H. G. Novas tecnologias e o desafio da educação. Buenos Aires: Unesco, 2004.
MELLO, G. B. R. de. Contribuições para o estudo do imaginário. Em Aberto, v. 14, n. 61, p. 45-52, 1994.
MORETTINI, M. T.; URT, S. da C. O professor como sujeito da aprendizagem e as implicações da escola de Vygotski. 2008. Disponível em: <http://www.revistas.ufg.br/index.php/interacao/article/viewFile/5276/4321>. Acesso em: 18 nov. 2009.
NÓVOA, A. Os professores e sua formação. 3. ed. Porto: Porto Editora, 1997.
PIRES, A. L. de O. Aprendizagem de adultos: contextos e processos de desenvolvimento e reconhecimento de competências. 2008. Disponível em: . Acesso em: 19 nov. 2009.
SÁ, H. R. de; MAGALHÃES, M. M. G. de. Formação de educadores na cibercultura: multifacetadas visões. Disponível em: <http://www.etic 2008. files. wordpress.com/.../pucriohelenarodriguesmonicamachado.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2009.
SANSON, C. A percepção de professores da PUCRS em relação às
tecnologias de informação e comunicação nos processos de ensino e aprendizagem. 2003. 100 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 2003.
SEVERINO, A. J. S. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
SETZER, V. W. Computadores na educação: por quê, quando e como. 1998. Disponível em: <http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/PqQdCo.html>. Acesso em: 9 maio 2009.
SFEZ, L. Crítica da comunicação. São Paulo: Loyola, 1996.
SILVA, E. T. da. Reflexão da reflexão: navegando rumo ao espaço escolar. In: SILVA, E. T. da; et al. A leitura nos oceanos da internet. São Paulo: Cortez, 2002. p. 65-88.
TEIXEIRA, M. C. S. Discurso pedagógico, mito e ideologia: o imaginário de Paulo Freire e de Anísio Teixeira. Rio de Janeiro: Quartet, 2000.
TEIXEIRA, M. C. S. Entre o real e o imaginário: processos simbólicos e corporeidade. Espaço: informativo técnico-científico do INES, n. 21, p. 39-53, 2004.
VOSGERAU, D. S. A. R. A pesquisa ação-formação como instrumento de formação em serviço para integração das TIC na prática pedagógica do professor. In: REUNIÃO DA ANPED, 32., 2009, Caxambu. Anais... Caxambu: ANPED, 2009. p. 1-15.
VOSGERAU, D. S. A. R; PRADO, J.; PASINATO, N. Análise do resultado do 3º ano do projeto Cri@tividade-SME: formação continuada de professores das séries iniciais do ensino fundamental para a integração dos recursos tecnológicos. In: ENCONTRO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO –
ENDIPE, 15., 2010, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: ENDIPE, 2010. p. 1-34.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
O(s) autor(es) transfere(m), por meio de cessão, à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 76.659.820/0009-09, estabelecida na Rua Imaculada Conceição, n.º 1155, Prado Velho, CEP 80.215-901, na cidade de Curitiba/PR, os direitos abaixo especificados e se compromete a cumprir o que segue:
- Os autores afirmam que a obra/material é de sua autoria e assumem integral responsabilidade diante de terceiros, quer de natureza moral ou patrimonial, em razão de seu conteúdo, declarando, desde já, que a obra/material a ser entregue é original e não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual de terceiros.
- Os autores concordam em ceder de forma plena, total e definitiva os direitos patrimoniais da obra/material à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, a título gratuito e em caráter de exclusividade.
- A CESSIONÁRIA empregará a obra/material da forma como melhor lhe convier, de forma impressa e/ou on line, inclusive no site do periódico da EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, podendo utilizar, fruir e dispor do mesmo, no todo ou em parte, para:
- Autorizar sua utilização por terceiros, como parte integrante de outras obras.
- Editar, gravar e imprimir, quantas vezes forem necessárias.
- Reproduzir em quantidades que julgar necessária, de forma tangível e intangível.
- Adaptar, modificar, condensar, resumir, reduzir, compilar, ampliar, alterar, mixar com outros conteúdos, incluir imagens, gráficos, objetos digitais, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fracionar, atualizar e realizar quaisquer outras transformações, sendo necessária a participação ou autorização expressa dos autores.
- Traduzir para qualquer idioma.
- Incluir em fonograma ou produção audiovisual.
- Distribuir.
- Distribuir mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permite ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário.
- Incluir e armazenar em banco de dados, físico, digital ou virtual, inclusive nuvem.
- Comunicar direta e/ou indiretamente ao público.
- Incluir em base de dados, arquivar em formato impresso, armazenar em computador, inclusive em sistema de nuvem, microfilmar e as demais formas de arquivamento do gênero;
- Comercializar, divulgar, veicular, publicar etc.
- Quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas.
- Os autores concordam em conceder a cessão dos direitos da primeira publicação (ineditismo) à revista, licenciada sob a CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION LICENSE, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
- Os autores autorizam a reprodução e a citação de seu trabalho em repositórios institucionais, página pessoal, trabalhos científicos, dentre outros, desde que a fonte seja citada.
- A presente cessão é válida para todo o território nacional e para o exterior.
- Este termo entra em vigor na data de sua assinatura e é firmado pelas partes em caráter irrevogável e irretratável, obrigando definitivamente as partes e seus sucessores a qualquer título.
- O não aceite do artigo, pela EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, tornará automaticamente sem efeito a presente declaração.