REPRESENTAÇÕES DA ARITMÉTICA ESCOLAR EM TEMPOS DE ESCOLA NOVA EM SANTA CATARINA (DÉCADA DE 1940)

Autores

  • Thuysa Schlichting de Souza Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina
  • David Antonio da Costa Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.7213/dialogo.educ.16.049.DS05

Resumo

O movimento da Escola Nova no Brasil adquire notoriedade em meados de 1920, já no estado de Santa Catarina as modificações no currículo da escola primária só foram instituídas oficialmente na década de 1940. Nesse contexto, o objetivo deste artigo recai sobre a seguinte questão: quais propostas para o ensino de aritmética podem ser lidas nos documentos oficiais da década de 1940? O ferramental teórico-metodológico nas análises empreendidas no artigo são proveniente da História Cultural. Verificamos que o programa de 1946 apresentou uma série de inovações de caráter estrutural e didático-pedagógico, visando instituir um currículo que possibilitasse o contato das crianças com os conhecimentos úteis à vida prática e social.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARRUDA, J. P. de; FLORES C.; BRIGO, J. A matemática nos programas oficiais para o ensino primário de Santa Catarina. In: FLORES, C.; ARRUDA, J. P. de. A Matemática Moderna nas escolas do Brasil e Portugal: Contribuições para a história da educação matemática. São Paulo: Annablume, 2010. p. 117-142.

BOMBASSARO, T. Santa Catarina na IV Conferência Nacional de Educação: por uma Escola Nova barriga-verde. Revista Brasileira de História da Educação. vol. 7, n. 3, p. 137-173, 2007.

CARVALHO, M. M. C. de. Modernidade pedagógica e modelos de formação docente. São Paulo em Perspectiva , São Paulo, v. 14, n. 1, p. 111-120, jan./mar. 2000.

CHARTIER, R. A história cultural entre práticas e representações. Tradução de Maria Manuela Galhardo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1990.

COSTA, D. A.; SOUZA, T. S. Os Programas de Ensino dos Grupos Escolares Catarinenses: um estudo sobre a aritmética escolar, 1910-1946. In: COSTA, D. A.; VALENTE, W. R. (Orgs.). Saberes matemáticos no curso primário: o que, como e por que ensinar? Estudos comparativos a partir da documentação oficial escolar. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2014, p. 169-189.

FIORI, N. A. Aspectos da evolução do ensino público: ensino público e política de assimilação cultural no Estado de Santa Catarina nos períodos Imperial e Republicano. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1991.

KUHN, T. T. Aproximações da geometria e do desenho nos programas de ensino dos Grupos Escolares catarinenses. 2015. 174 f. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Tecnológica) — Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015.

LOURENÇO FILHO, M. B. Introdução ao estudo da Escola Nova: Bases, sistemas e diretrizes da Pedagogia contemporânea. 13. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1978.

NÓBREGA, P. de. Grupos escolares: modernização do ensino e poder oligárquico. In: DALLABRIDA, N. Mosaico de escolas: modos de educação em Santa Catarina na primeira república. Florianópolis: Cidade Futura, 2003, p. 253-280.

SANTA CATARINA. Secretaria do Interior e Justiça. Departamento de Educação. Circular n. 05, de 02 de janeiro de 1942. Circulares de 1942. Florianópolis: Imprensa Oficial, 1943. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/133344>. Acesso em: 17 jul. 2016.

SANTA CATARINA. Secretaria da Justiça, Educação e Saúde. Departamento de Educação. Programa para os estabelecimentos de ensino primário do estado de Santa Catarina. Decreto n. 3.732, 12 dez. 1946. Florianópolis. 1946. Acervo: APESC. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/99620>. Acesso em: 17 jul. 2016.

SANTOS, P. S. dos. A escolarização da Matemática no Grupo Escolar Lauro Müller (1950 – 1970). 2014. 163 f. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Tecnológica) — Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014.

SOUZA, R. F. de. Espaço da educação e da civilização: origens dos Grupos Escolares no Brasil. In: SOUZA, R. F. de; VALDEMARIN, V. T.; ALMEIDA, J. S. de. O legado educacional do século XIX. Araraquara: Unesp — Faculdade de Ciências e Letras, 1998. p. 19-62.

SOUZA, T. S. Entre o ensino ativo e a escola ativa: os métodos de ensino de aritmética nos Grupos Escolares catarinenses (1910-1946). 223f. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Tecnológica) — Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2016.

TEIVE, G. M. G. Pedagogia moderna no Brasil: primeiras discussões e experiências práticas (final do século XIX — início do XX). Revista Mexicana de Historia de la Educación, v. 2, n. 4, p. 153-172, 2014.

VAGAS Pedagógicas. In: GHEMAT. Glossário. São Paulo: [s. n.], 2016. p. 18-19. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/158952?show=full>. Acesso em: 17 jul. 2016.

VALENTE, W. R. Como ensinar matemática no curso primário? Uma questão de conteúdos e método, 1890-1930. Perspectivas da Educação Matemática , v. 8, n. 17, p. 192-207, 2015.

VALENTE, W. R. A era dos tests e a pedagogia científica: um tema para pesquisas na Educação Matemática. Acta Scientiae , Canoas, v. 16, n. 1, p. 11-26, jan./abr. 2014.

VIDAL, D. G. Grupos Escolares: cultura escolar primária e escolarização da infância no Brasil (1893-1971). Campinas: Mercado de Letras, 2006.

VIDAL, D. G. Escola nova e processo educativo. In: LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.; VEIGA, C. G. (Orgs.). 500 anos de Educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2003, p. 497-517.

Downloads

Publicado

2016-07-14

Como Citar

Schlichting de Souza, T., & da Costa, D. A. (2016). REPRESENTAÇÕES DA ARITMÉTICA ESCOLAR EM TEMPOS DE ESCOLA NOVA EM SANTA CATARINA (DÉCADA DE 1940). Revista Diálogo Educacional, 16(49), 611–628. https://doi.org/10.7213/dialogo.educ.16.049.DS05