O Novo Ensino Médio e a doutrinação ultraliberal nas escolas públicas paranaenses
DOI:
https://doi.org/10.7213/1981-416X.25.084.DS14Resumo
Nas últimas décadas, os professores, principalmente das escolas e universidades públicas, têm sido desrespeitados e perseguidos, acusados de fazerem doutrinação político-ideológica em sala de aula. Um dos movimentos que se destacou nessa cruzada, na defesa da neutralidade na educação, foi o Escola sem Partido. Diante dessa problemática, o presente artigo tem como objetivo demonstrar que a alegada neutralidade na educação não é possível, uma vez que se trata de um processo intencional e que a escola historicamente tem sido um dos principais meios de disseminação das ideias dominantes, com o objetivo de manter a dominação de classe. Para esse fim, o artigo analisa os conteúdos de algumas aulas do componente curricular denominado Projeto de Vida, do 3º ano do Novo Ensino Médio, produzidas pela Seed/PR, com o objetivo de explicitar o conteúdo ideológico dessas aulas, que visam conformar a juventude às novas exigências do mercado de trabalho e ao ideário ultraliberal do individualismo exacerbado, da competição e do empreendedorismo de si mesmo.
Palavras-chave: educação; projeto de vida; neutralidade.
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