Esperança e barbárie
Uma narrativa das infâncias pelos sonhos
DOI:
https://doi.org/10.7213/1981-416X.24.081.DS14Resumo
Essa pesquisa parte da indagação sobre que histórias as infâncias podem contar através dos sonhos, explorando as representações oníricas infantis e as múltiplas formas que as crianças veem o mundo. A partir da perspectiva da sociologia da infância e da poética como gramática das culturas infantis, a pesquisa destaca que as infâncias e seus sonhos são espaços de resistência oferecendo uma crítica ao mal-estar cultural e social que vivemos na modernidade. Nesse sentido, proponho uma articulação sobre esperança e barbárie e o lugar da infância na modernidade. Um lugar que se mostra através da face de desigualdade e da exclusão, a partir das narrativas das crianças que participaram da pesquisa, onde o sonho diurno se coloca como fio narrativo para que essa história possa ser contada. A pesquisa adota uma abordagem etnográfica e a experimentação artística por meio da confecção de filtro dos sonhos, valorizando o diálogo, as narrativas, e as histórias, visando a construção do conhecimento e de pedagogias que se constituem e se vinculam em diversos espaços sociais, valorizando os conhecimentos produzidos a partir das manifestações culturais, de saberes locais e de sujeitos tidos como “marginalizados” dentro da sociedade. Tomando as infâncias e os sonhos enquanto um momento de reflexividade, as representações se revelam como testemunhos de uma cultura, despertam e evidenciam o mal-estar cultural em que vivemos.
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