FORMAÇÃO DE ESTRATÉGIAS EM UNIVERSIDADES: PROCESSO FORMAL, NEGOCIADO OU CONSTRUÇÃO PERMANENTE?

Autores

  • Luiza Maria Bessa Rebelo Universidade Federal do Amazonas
  • Rolf Hermann Erdmann UFSC

DOI:

https://doi.org/10.7213/rde.v4i11.6890

Resumo

O presente artigo analisa o processo de formação de estratégias em organizações universitárias, na tentativa de compreender como se dá tal construção: se há um processo formal, negociado ou contínuo. O trabalho fundamenta-se na literatura da área, com destaque para duas perspectivas que vêm ganhando força na teoria das organizações: a perspectiva da estratégia como deliberação, intencionalidade e planejamento antecipado; e estratégia como processo dinâmico e emergente, decorrente das interações entre os agentes presentes no cotidiano das organizações. A literatura evidencia que ambas as perspectivas são igualmente relevantes no processo de formação de estratégias, e não se constituem forças opostas. Esse último entendimento se apóia nas premissas que sustentam a teoria dos Sistemas Adaptativos Complexos (SAC’s), como um novo campo teórico para estudo da formação de estratégias nas organizações. É também analisado o processo de formação de estratégias na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) desenvolvido no período de 1993-2005, com o intuito de identificar qual a orientação predominante no processo de elaboração e implementação dos planos dessa instituição, se formal, negociado ou da construção permanente.

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Publicado

2004-07-17

Como Citar

Bessa Rebelo, L. M., & Erdmann, R. H. (2004). FORMAÇÃO DE ESTRATÉGIAS EM UNIVERSIDADES: PROCESSO FORMAL, NEGOCIADO OU CONSTRUÇÃO PERMANENTE?. Revista Diálogo Educacional, 4(11), 117–133. https://doi.org/10.7213/rde.v4i11.6890