Massificação cultural, práticas educativas e autonomia social

Auteurs

  • Luiz Hermenegildo Fabiano Universidade Estadual de Maringá (UEM), Membro do Grupo de Pesquisa Teoria Crítica e Educação, Maringá, PR - Brasil.
  • Franciele Alves da Silva Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), analista socioambiental da Companhia Paranaense de Energia (Copel), Maringá, PR - Brasil.

DOI :

https://doi.org/10.7213/dialogo.educ.7217

Résumé

O recorte proposto por esse estudo analisa aspectos fundamentais sobre a formação cultural constituída sob a lógica do capitalismo tardio. Deriva desse contexto, a incorporação de valores de naturalização ideológica e de regressão social. Os pressupostos teórico-metodológicos da Teoria Crítica, desenvolvida pelos pensadores frankfurtianos, especialmente as contribuições de Theodor Adorno e Max Horkheimer sustentam esse veio de análise. Tal abordagem incide sobre a racionalidade técnica dominante no contexto da sociedade industrial e suas implicações formativas na constituição da consciência social. Num momento histórico em que a mídia tem assumido também um papel formativo na sociedade, é fundamental e urgente uma discussão crítica sobre a interferência da indústria cultural nos processos educativos. Em vista disso, as relações sociais orientadas pela lógica industrial mostram-se uma temática pertinente à formação de professores, cuja prática é cotidianamente influenciada pela massificação resultante desse modelo de produção material. O enfoque da análise proposta viabiliza uma instrumentação teórica que capacita a reflexão como forma de intervenção nas convenções ideológicas que naturalizam o modelo da organização social vigente. A reflexão, nesse sentido, torna-se prática educativa enquanto ação crítica do comprometimento formativo e cultural da sociedade contemporânea. 

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

ADORNO, T. W. Educação após Auschwitz. In: COHN, G. (Org.). Theodor W. Adorno. São Paulo: Ática, 1986. p. 33-45.

ADORNO, T. W. Teoria da semicultura. Educação & Sociedade, v. 17, n. 56, p. 388-411, 1996.

ADORNO, T. W. Conceito de esclarecimento. In: ADORNO, T. W. Adorno: textos escolhidos. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 17-62. (Coleção Os Pensadores).

ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. A indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas. In: ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1985. p. 99-138.

HOBSBAWN, E. J. A era das revoluções na Europa 1789-1849. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1979. p. 17-69.

HOBSBAWN, E. J. A era do capital: 1848-1875. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

KANT, I. Resposta à pergunta: que é esclarecimento. In: KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes e outros escritos. São Paulo: Martin Claret, 2003. p. 115-122.

MORREIRA, A. da S.; PUCCI, B.; ZAMORA, J. A. (Org.). Adorno, educação e religião. Goiania: Ed. da UCG, 2008.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica. 9. ed. Campinas: Autores Associados, 2005.

SAVIANI, D. Escola e democracia. 38. ed. Campinas: Autores Associados, 2006. (Coleção Polêmicas do nosso tempo, v. 5).

SILVA, R. M. L. da. Tecnologia e desafios da educação brasileira contemporânea. Trabalho, Educação, Saúde, v. 6, n. 1, p. 29-50, 2008.

Téléchargements

Publiée

2012-07-11

Comment citer

Fabiano, L. H., & Alves da Silva, F. (2012). Massificação cultural, práticas educativas e autonomia social. Revista Diálogo Educacional, 12(37), 1065–1084. https://doi.org/10.7213/dialogo.educ.7217