Por que Black Mirror dá muito o que pensar?

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DOI :

https://doi.org/10.7213/1981-416X.19.062.DS01

Résumé

Já na sua primeira temporada, a série Black Mirror ganhou grande popularidade. As razões para isso são muitas. Entre elas, vale a pena destacar a maneira distópica com que a narrativa desenvolve as questões relativas ao futuro das tecnologias a partir de sinais que já se deixam ver no presente. Para isso, os episódios fazem uso da hipérbole, ou seja, o exagero no tratamento dos temas escolhidos. A internet está repleta de sites e blogs que comentam e buscam as interpretações mais justas para cada um dos episódios que muitas vezes se engendram de maneira bastante engenhosa. O objetivo deste artigo é comparar a exacerbação a que a série conduz os temas tratados com a estratégia composicional dos contos de terror de Edgar Allan Poe. Com isso, pretende-se evidenciar um dos pontos mais fundamentais da montagem narrativa da série de modo a subsidiar sua utilização em contextos educacionais.

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Bibliographies de l'auteur

Lucia Santaella, PUCSP

Lucia Santaella é pesquisadora 1 A do CNPq, graduada em Letras Português e Inglês. Professora titular no programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da PUCSP, com doutoramento em Teoria Literária na PUCSP em 1973 e Livre-Docência em Ciências da Comunicação na ECA/USP em 1993. É Coordenadora da Pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, Diretora do CIMID, Centro de Investigação em Mídias Digitais e Coordenadora do Centro de Estudos Peirceanos, na PUCSP. É presidente honorária da Federação Latino-Americana de Semiótica e Membro Executivo da Associación Mundial de Semiótica Massmediática y Comunicación Global, México, desde 2004. É correspondente brasileira da Academia Argentina de Belas Artes, eleita em 2002. Foi eleita presidente para 2007 da Charles S. Peirce Society, USA. É também um dos membros do Advisory Board do Peirce Edition Project em Indianapolis, USA e um dos membros do Bureau de Coordenadores Regionais do International Communicology Institute. Foi ainda membro associado do Interdisziplinäre Arbeitsgruppe für Kulturforschung (Centro de Pesquisa Interdisciplinar em Cultura), Universidade de Kassel, 1999-2009. Recebeu o prêmio Jabuti em 2002, 2009, 2011 e 2014, o Prêmio Sergio Motta, Liber, em Arte e Tecnologia, em 2005 e o prêmio Luiz Beltrão-maturidde acadêmica, em 2010. Foi professora convidada pelo DAAD na Universidade Livre de Berlin, em 1987, na Universidade de Valencia, em 2004, na Universidade de Kassel, em 2009, na Universidade de Évora em 2010, na Universidad Nacional de las Artes, Buenos Aires, 2014 e na Universidade Michoacana de San Hidalgo, México, 2015. Foi pesquisadora associada no Research Center for Language and Semiotic Studies em Bloomington, Universidade de Indiana, em repetidos estágios de pesquisa, especialmente em 1988, pela Fulbright, Nessa mesma universidade, fez pós-doutorado em 1993, pelo CNPq. Desde 1996, tem feito estágios de pós-doutorado em Kassel, Berlin e Dagstuhl, Alemanha, sob os auspícios do DAAD/Fapesp. 245 mestres e doutores defenderam suas dissertações e teses sob sua orientação, de 1978 até o presente e supervisionou 6 pós-doutorados. Tem 50 livros publicados, dentre os quais 6 são em co-autoria e dois de estudos críticos. Organizou também a edição de 20 livros. Além dos livros, Lucia Santaella tem mais de 400 artigos publicados em periódicos científicos no Brasil e no Exterior. Suas áreas mais recentes de pesquisa são: Comunicação, Semiótica Cognitiva e Computacional, Inteligência Artificial, Estéticas Tecnológicas e Filosofia e Metodologia da Ciência

Martha Gabriel

Engenheira (Unicamp), pós graduada em Marketing (ESPM), Design (Belas Artes), mestre e PhD em Artes (ECA/USP), e Educação Executiva no MIT com foco em neurociência para liderança e negóciosProfessora de pós graduação na PUC-SP, no TIDD (Tecnologias da Inteligência), de MBAs, e faculty internacional da CrossKnowledge.

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Publiée

2019-10-02

Comment citer

Santaella, L., & Gabriel, M. (2019). Por que Black Mirror dá muito o que pensar?. Revista Diálogo Educacional, 19(62), 932–947. https://doi.org/10.7213/1981-416X.19.062.DS01