A AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS E A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES: O CASO PAULISTA

Autores/as

  • Andréia da Cunha Malheiros Santana Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, Paraná, PR
  • José Carlos Rothen Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.7213/dialogo.educ.15.044.DS04

Resumen

Este artigo tem como objetivo discutir o impacto do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (SARESP) e do Índice de Desenvolvimento da Educação no Estado de São Paulo (IDESP) na formação continuada de professores. Este artigo é fruto de uma pesquisa de pós-doutorado que investigou como os resultados da avaliação externa são trabalhados em duas escolas com desempenhos antagônicos no IDESP: uma com resultado crescente, e outra, decrescente. No estudo de caso, foram adotados como procedimentos metodológicos a análise documental, a observação das reuniões pedagógicas das escolas, um questionário destinado aos professores e diretores e entrevistas com os supervisores de ensino. Concluiu-se que o modelo de formação continuada realizado a partir dos resultados das provas visa ao treinamento dos professores. Esse tipo de formação é elaborado pela Secretaria de Educação, que reduz a formação continuada à preparação dos professores para treinarem os alunos a realizar as provas aplicadas pelo Estado; a escola não tem autonomia para trabalhar os resultados das avaliações externas, nem o hábito de indagar suas razões e causas. Os resultados nas avaliações são analisados e vistos como metas a serem atingidas sem que seja promovido o diálogo entre as avaliações externas e internas.

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Publicado

2015-07-13

Cómo citar

da Cunha Malheiros Santana, A., & Rothen, J. C. (2015). A AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS E A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES: O CASO PAULISTA. Revista Diálogo Educacional, 15(44), 89–110. https://doi.org/10.7213/dialogo.educ.15.044.DS04