FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ARTES: REFLEXÕES SOBRE A INSERÇÃO DOS ACADÊMICOS NOS ESPAÇOS PROFISSIONAIS

Autores

  • Maria José Dozza Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR

DOI:

https://doi.org/10.7213/rde.v9i27.3595

Resumo

Este trabalho objetiva refletir sobre a inserção dos acadêmicos de artes pelo Estágio Curricular no universo da cultura mais ampla e da docência na escola, analisando o Eixo Docência em arte no currículo integrado de duas Licenciaturas – Música e Artes Visuais, implantadas em 2003 na Universidade Estadual de Ponta Grossa. Apresenta-se uma reflexão teórica quanto às reformas curriculares e proposições legais para a formação dos professores de artes tendo por base fundamentos teóricos e históricos do materialismo dialético, em particular na compreensão do estágio como práxis teórica. Autores como Vázquez, Vieira Pinto e Pimenta informaram essa análise. Os dados empíricos foram coletados através de entrevistas, questionários, conversas informais com alunos, professores, coordenadores, além do estudo do Regulamento de Estágio e de transcrições de excertos dos relatórios dos alunos do terceiro ano das Licenciaturas em questão, realizados no final de 2005. Os estudos revelaram as dificuldades do trabalho com arte na escola por causa da falta de formação e compreensão dos sujeitos quanto à especificidade do conhecimento artístico. Por outro lado, o esforço teórico prático de todos os envolvidos, decorrente de planejamento, acompanhamento e avaliação sistemáticos, promoveu mudanças de concepções e ações tanto na escola quanto nas Licenciaturas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BRASIL, Lei n. 5.692/71, de 11 de agosto de 1971. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 12 de ago. 1971.

______. Leis e Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394/96, de 20 dez. 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, ano134, n. 248, p. 27833-27841, dez. 1996. Art. 68. Seção 1.

______. Diretrizes Curriculares de Artes Visuais. Proposta de Diretrizes Curriculares, 1999. (Documento em estudos).

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: arte. Brasília: MEC/SEF, 1997.

BRASIL.Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP 1/ 2002. Diário Oficial da União, Brasília, 9 abr. 2002. Seção 1, p. 31. (Republicada por ter saído com incorreção do original no D.O.U. de 8 mar. 2002a. Seção 1, p. 8).

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP 2/2002. Diário Oficial da União, Brasília, 4 mar. 2002b. Seção 1, p. 9.

BRASIL. Diretrizes Curriculares de Música. Resolução CNE/CES 4/2004. Diário Oficial da União, Brasília, 15 mar. 2004, Seção 1, p. 24.

CABRAL, B. A. V. A relação Bacharelado-Licenciatura e a natureza da prática pedagógica em artes. In: SEMINÁRIO SOBRE O ENSINO SUPERIOR DE ARTES E DESIGN NO BRASIL, l., 1997, Salvador. Anais... Salvador: CEEARTES, 1997. p. 25-31.

CANCLINI, N. G. A socialização da arte: teoria e prática na América Latina. 2. ed. São Paulo: Cultrix, 1984.

FREIRE, V. L. B. Ensino superior de música: dilemas e desafios. In: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MUSICAL, 7., 1998, Pernambuco. Anais... Pernambuco: ABEM, 1998. p. 9-26.

FREITAS, H. C. L. de. Certificação docente e formação do educador: regulação e desprofissionalização. Educação & Sociedade, Campinas, v. 24, n. 85, p. 1095-1124, 2003.

MARX, K.; ENGELS, F. Sobre literatura e arte. 3. ed. São Paulo: Global, 1986.

OLIVEIRA, A.; HENTSCHKE, L.; PASCOAL, M. L. Diretrizes curriculares para os cursos de musica. Ministério da Educação. Departamento de Políticas do Ensino Superior. Coordenação das Comissões de Especialistas de Ensino. Comissão de Especialistas de Ensino de Musica. Brasília - DF, 1999. Disponível em: . Acesso em: 23 out. 2008.

PEIXOTO, M. I. H. Arte e grande público a distância a ser extinta. Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção Polêmicas do nosso tempo).

PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? 2. ed. São Paulo: Cortez, 1995.

SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SANTIAGO, S. Ensino de artes: um exercício conjunto da razão e do sonho. In: SEMINÁRIO SOBRE O ENSINO SUPERIOR DE ARTES E DESIGN NO BRASIL, l., 1997, Salvador. Anais... Salvador: CEEARTES, 1997. p. 67-72.

SANTOS, R. M. S. A formação profissional para os múltiplos espaços de atuação em Educação Musical. In: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MUSICAL, 12., 2001, Uberlândia. Anais... Uberlândia: ABEM, 2001. p. 41-65.

SOUZA, J. Da formação do profissional em música nos cursos de licenciatura. In: SEMINÁRIO SOBRE O ENSINO SUPERIOR DE ARTES E DESIGN NO BRASIL, 1., 1997. Salvador. Anais... Salvador: CEEARTES, 1997. p. 13-20.

______. (Org.). Música, cotidiano e educação. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2000.

SUBTIL, M. J. D. Música midiática e o gosto musical das crianças. Ponta Grossa: Editora da UEPG, 2006.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA – Divisão de ensino. Projeto Pedagógico: licenciatura em música. Ponta Grossa: Editora da UEPG, 2002.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA. Projeto da disciplina Estágio Supervisionado: licenciatura em artes visuais e licenciatura em música. Ponta Grossa: Editora da UEPG, 2005.

VIEIRA PINTO, A. Ciência e existência. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1969.

VAZQUEZ, A. S. As idéias estéticas de Marx. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.

______. Filosofia da práxis. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

Downloads

Publicado

2009-07-07

Como Citar

Dozza, M. J. (2009). FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ARTES: REFLEXÕES SOBRE A INSERÇÃO DOS ACADÊMICOS NOS ESPAÇOS PROFISSIONAIS. Revista Diálogo Educacional, 9(27), 317–333. https://doi.org/10.7213/rde.v9i27.3595