Les directeurs d’école primaire face aux situations qu’ils jugent complexes: une approche compréhensive des stratégies doubles
DOI:
https://doi.org/10.7213/1981-416X.18.059.DS14Resumen
Nous nous intéressons à la manière dont les directeurs d’école primaire font face aux situations qu’ils jugent complexes. Plus particulièrement, nous portons notre attention sur ce que dit une directrice d’école de Polynésie française de cette situation au moyen d’une enquête par entretien. Le cadre interprétatif construit est fondé sur Le Paradoxe et le système de Barel (1989) qui donne accès aux représentations de l’individu. La situation jugée complexe appréhendée en tant que système, est étudiée à travers la contrainte convoquée par l’agir d’un Autre laquelle s’oppose à la contrainte induite par l’une des attributions institutionnelles de la directrice. Cette double contrainte établit les niveaux logiques de la situation (le système) et constitue des infra-systèmes qui entretiennent des relations de fusion-séparation. Alors, les contraintes en opposition délivrent un sens contradictoire et, la directrice perçoit le paradoxe de la situation. Pour maîtriser le paradoxe, elle met en oeuvre une stratégie double par la triangulation des relations qui permet de saisir le processus de production de sens. Les combinaisons entre acteurs engagées par des tiers sujet/objet procèdent par actualisation/potentialisation de relations et forment une stratégie paradoxale de compartimentage. Ainsi, la directrice d’école maîtrise la situation jugée complexe par un jeu de visibilisation/invisibilisation des relations pour faire “comme si” le paradoxe n’existait pas.
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