EDUCAÇÃO POPULAR SUPERIOR: RECRIAÇÃO DA MARCA DA EXCLUSÃO NO CAMPO EDUCACIONAL?

Autores

  • Maria Emilia Bertino Algebaile Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.7213/rde.v4i11.6878

Resumo

Neste trabalho, discutem-se algumas implicações contidas na expressão “educação popular superior”, a partir da investigação sobre a expansão do ensino superior, no Brasil, ao mesmo tempo em que se procede ao resgate do conceito de educação popular. Concebendo a privatização do ensino superior no Brasil como uma política de Estado, a “desobrigação” estatal para com este nível de ensino passa a se concretizar em duas perspectivas: 1) transformando a educação pública em educação pública não-estatal e 2) estimulando o empresariamento do ensino. Falar em “educação popular superior” enseja a idéia de uma expansão da dualidade da educação brasileira para outros níveis de ensino, numa recriação da marca da exclusão dentro do campo educacional. O que seria uma possibilidade de inserção transformase num interdito, pois a própria estrutura dos cursos é montada de uma forma que, em última análise, impede a inserção não subalternizada desses novos “universitários” no mercado de trabalho. Diante disso, a expressão “educação popular superior” parece-nos surgir na contra-mão da perspectiva crítica de educação popular. A exclusão das camadas pobres continua a ser uma marca no campo educacional. 

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Referências

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Publicado

2004-07-17

Como Citar

Bertino Algebaile, M. E. (2004). EDUCAÇÃO POPULAR SUPERIOR: RECRIAÇÃO DA MARCA DA EXCLUSÃO NO CAMPO EDUCACIONAL?. Revista Diálogo Educacional, 4(11), 85–102. https://doi.org/10.7213/rde.v4i11.6878