A técnica como poder e o poder da técnica: entre Hans Jonas e Andrew Feenberg

Autores/as

  • Jelson Roberto de Oliveira Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

DOI:

https://doi.org/10.7213/aurora.27.040.DS06

Resumen

Pretende-se, neste artigo, analisar a perspectiva segundo a qual Hans Jonas e Andrew Feenberg compreendem a técnica como um poder de nova magnitude no mundo moderno e como, a partir de suas análises, uma na perspectiva ética (Jonas) e outra na perspectiva política (Feenberg), ambos analisam as formas de exercício desse poder, ou seja, as suas potencialidades, os limites, os riscos, as consequências de suas intervenções e as exigências teóricas e éticas do seu uso. Trata-se, então, de compreender a técnica como um poder e, ao mesmo tempo, de perguntar sobre o quanto de poder ela tem ou, em outras palavras, o quanto de poder tem o homem (individual ou coletivamente) de determiná-la ética e politicamente. O poder, assim, será o fio condutor da reflexão, a fim de demonstrar como Jonas pensa a responsabilidade como exercício do poder ético de controle da técnica, ao tempo em que Feenberg pensa a democratização da técnica como medida de intervenção e como alternativa à tecnocracia reinante, em vista de uma transformação dos interesses que guiam as escolhas técnicas.

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Publicado

2015-04-28

Cómo citar

Oliveira, J. R. de. (2015). A técnica como poder e o poder da técnica: entre Hans Jonas e Andrew Feenberg. Revista De Filosofía Aurora, 27(40), 143–166. https://doi.org/10.7213/aurora.27.040.DS06