A técnica como poder e o poder da técnica: entre Hans Jonas e Andrew Feenberg

Autores

  • Jelson Roberto de Oliveira Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

DOI:

https://doi.org/10.7213/aurora.27.040.DS06

Resumo

Pretende-se, neste artigo, analisar a perspectiva segundo a qual Hans Jonas e Andrew Feenberg compreendem a técnica como um poder de nova magnitude no mundo moderno e como, a partir de suas análises, uma na perspectiva ética (Jonas) e outra na perspectiva política (Feenberg), ambos analisam as formas de exercício desse poder, ou seja, as suas potencialidades, os limites, os riscos, as consequências de suas intervenções e as exigências teóricas e éticas do seu uso. Trata-se, então, de compreender a técnica como um poder e, ao mesmo tempo, de perguntar sobre o quanto de poder ela tem ou, em outras palavras, o quanto de poder tem o homem (individual ou coletivamente) de determiná-la ética e politicamente. O poder, assim, será o fio condutor da reflexão, a fim de demonstrar como Jonas pensa a responsabilidade como exercício do poder ético de controle da técnica, ao tempo em que Feenberg pensa a democratização da técnica como medida de intervenção e como alternativa à tecnocracia reinante, em vista de uma transformação dos interesses que guiam as escolhas técnicas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARCHTERHUIS, H. (Ed). American philosophy of technology: the empirical turn. Indianapolis: Indiana University Press, 2001.

BEINER, R. Ethics and technology: Hans Jonas’ theory of responsibility. In:

DAY, R. B.; BEINER, R.; MASCIULLI, J. Democratic theory and technological society. New York; London: M. E. Sharpe, 1990.

FEENBERG, A. Critical theory of technology. New York: Oxford University

Press, 1991.

FEENBERG, A. Questioning technology. New York: Routledge, 1999.

FEENBERG, A. Racionalização subversiva: tecnologia, poder e democracia. Trad. Anthony T. Gonçalves. [2010]. Publicado originalmente em 1991. Disponível em: <http://goo.gl/LjgDIL>. Acesso em: 22 fev. 2015.

FEENBERG, A. Teoria crítica da tecnologia. Trad. equipe de tradutores do

Colóquio Internacional “Teoria Crítica e Educação”: Unimep, Ufscar, Unesp.

. Disponível em: . Acesso em: 15 fev. 2015.

FEENBERG, A. Teoria crítica da tecnologia: um panorama. In: A teoria crítica

de Andrew Feenberg: racionalização democrática poder e tecnologia. Brasília: Observatório do Movimento pela Tecnologia Social na América Latina; CDS; UnB; Capes, 2010. p. 97-117. Disponível em: <http://www.sfu.ca/~andrewf/feenberg_

luci.htm>. Acesso em: 20 fev. 2015.

FEENBERG, A. Transformar la tecnología: una nueva visita a la teoria crítica.

Trad. Claudio Alfaraz et al. Bernal: Universidad Nacional de Quilmes, 2012.

(Col. Ciencia, tecnología y sociedad).

GUCHET, X. L’homme, la technique et la vie dans la philosophie de Hans

Jonas. Une approche critique. Alter Revue de phénoménologie, n. 22, p. 79-99, 2014.

JONAS, H. Pensar sobre Dios y otros ensayos. Trad. Angela Ackermann.

Barcelona: Herder, 1998.

JONAS, H. O princípio vida: fundamentos para uma biologia filosófica. Trad.

Carlos Almeida Pereira. Petrópolis: Vozes, 2004

JONAS, H. Essais philosophiques: du credo ancien à l’homme technologique.

Paris: Librairie philosophique J. Vrin, 2013.

JONAS, H. Poder o impotencia de la subjetividad. Introducción de Illana Giner Comín. Barcelona: Paidós; I. C. E. de la Universidad Autónoma de Barcelona, 2005.

JONAS, H. Técnica, medicina e ética: sobre a prática do princípio responsabilidade. Tradução GT Hans Jonas da ANPOF. São Paulo: Paulus, 2013. (Ethos).

JONAS, H. O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Trad. Marijane Lisboa e Luiz Barros Montez. Rio de Janeiro: Contraponto; Ed. PUCRio, 2006.

WINNER, L. The whale and the reactor: a search for limits in an age of high technology. Chicago; London: The University of Chicago Press, 1986.

Downloads

Publicado

2015-04-28

Como Citar

Oliveira, J. R. de. (2015). A técnica como poder e o poder da técnica: entre Hans Jonas e Andrew Feenberg. Revista De Filosofia Aurora, 27(40), 143–166. https://doi.org/10.7213/aurora.27.040.DS06