Aux origines du « marxisme à la française »: réception et évolution du projet d’A la lumière du marxisme | At the origins of "English-style Marxism": reception and evolution of the project of A la lumière du marxisme

Resumo

Este artigo tem como objetivo apresentar os resultados da pesquisa sobre a recepção dos primeiros estudos franceses sobre o materialismo dialético, publicados em 1935 na coletânea intitulada A la lumière du marxisme. A análise das diversas resenhas e a reconstrução do debate em torno deste volume, através do qual o marxismo como filosofia é introduzido na França, lançam nova luz sobre a gênese do "racionalismo moderno", que, quando de sua fundação em 1939, a revista ligado ao Pcf, La Pensée. Descobrimos, assim, que a imagem fixa do marxismo à francesa, baseada na retomada da tradição nacional materialista e racionalista, como será transmitida a partir do pós-guerra, é fruto de uma luta ideológica em que diferentes posições se chocaram . De fato, no início da década, os intelectuais reunidos em torno da Comissão Científica do Círculo da Nova Rússia tentaram pensar o marxismo principalmente como uma metodologia viva para o avanço das ciências, inclusive da natureza, e isso nessa apropriação epistemológica da a dialética materialista a referência a Hegel desempenha um papel crucial para a apropriação e introdução da filosofia de Marx no meio acadêmico. No entanto, através das revisões que foram feitas de suas primeiras tentativas, várias pressões são exercidas, vindas principalmente das autoridades de controle soviético, para que o estudo da "fonte francesa" do marxismo substitua a "fonte alemã". Apesar de sua resistência inicial, como evidenciam os debates que se seguiram, os "neomarxistas" acabaram atendendo a esses convites para abandonar o caminho hegeliano à dialética materialista para traçar uma linha nacional que de Descartes levaria a Stalin.