O Dispositivo Biopolítico de valorização humana do século XXI: poder molecular sobre a vida e produção de novas subjetividades | The Biopolitical Device of human valorization of the 21st century: molecular power over life and production of new subjectivities
DOI:
https://doi.org/10.7213/1980-5934.34.061.DS12Palavras-chave:
Biopolítica. Mejoramiento humano. Subjetividad. Cuerpo. Salud.Resumo
Esta reflexão propõe que as Tecnologias de Melhoramento Humano (TMh), no século XXI, se erigem em um dispositivo biopolítico de poder molecular sobre a vida do indivíduo e da espécie humana, que se estrutura tanto pelos mecanismos de Infogeração e Infogeração quanto de linhas de visibilidade, enunciação, força, objetivação e subjetivação. Essa biopolítica incipiente do poder molecular, cujo alvo de intervenção são os meandros da vitalidade e a finalidade de produzir a vida artificialmente, gera pelo menos três efeitos: sobre a subjetividade, o corpo e a saúde, levantando questões importantes para a bioética e o biodireito. Inicialmente, traçamos os apontamentos característicos do Dispositivo Biopolítico de Valorização Humana (DBMh). Em seguida, abordamos o modo como o DBMh constrói formas inéditas de subjetividade, ao mesmo tempo em que estabelece novas e diferentes concepções do corpo humano e da saúde. Na parte final, delineia-se um modelo estratigráfico para leitura de fenómenos associados à TMh em que a bioética, a biopolítica e o biodireito se articulam num modelo de geometria variável.
Downloads
Referências
AGAMBEN, G. Qué es un dispositivo. Buenos Aires: editorial Adriana Hidalgo, 2016.
AGAR, N. Truly Human Enhancement. A Philosophical Defense of Limits. London: The MIT Press, 2014.
ANDERS, G. Die Antiquiertheit des Menschen. Über die Seele im Zeitalter der zweiten industriellen Revolution. Band 1, Beck, München, 1956.
AURENQUE, D. El “paciente sano”: desafíos éticos de la medicina preventiva. Rev. Med, Chile, 145; 790- 794, 2017.
AURENQUE, D. Y DE LA RAVANAL, M. Medicalización, prevención y cuerpos sanos: la actualidad de los aportes de Illich y Foucault. Tópicos: Revista de Filosofía 55: 407-439, 2018.
BAUMAN, Z. Vida de consumo. Madrid: Fondo de Cultura Económica, 2010.
BEAUCHAMP, T CHILDRESS, J., Principles of Biomedical Ethics. Eighth Edition. New York, Oxford: Oxford University Press, 2019.
BERARDI, F. Autómata y caos. Cartografías de la oscuridad. Madrid: Enclave de libros, 2020.
BRAIDOTTI, R. Metamorfosis: Hacia una teoría materialista del devenir. Akal, 2005.
BUTLER, J. Cuerpos que importan. Sobre los límites materiales y discursivos del “sexo”. Buenos Aires: Paidós, 2002.
CAMPILLO, A. El gran experimento. Ensayos sobre la sociedad global. Madrid: Los libros de la catarata, 2001.
CAMPILLO, A. Animal político. Aristóteles, Arendt y nosotros. Revista de Filosofía, Vol. 39, Núm. 2, 169-188, 2014.
DELEUZE, G. ¿Qué es un dispositivo? En Balbier, Deleuze, Dreyfus et al., Michel Foucault, filósofo. Barcelona: Gedisa, 1990.
FOUCAULT, M. Naissance de la biopolitique. Cours au collège de France, 1978-1979. París: Seuil, 2004.
FRASER, P. Transhumanisme. Au-delà du corps. Paris, Québec: Éditions V/F, 2018.
GARCÍA- LLERENA, V. Sistemas jurídicos y tradiciones culturales como barreras para un bioderecho común: el caso de la mejora en la línea germinal humana. Anales de la Cátedra Francisco Suárez, vol. 52, pp. 155-178, 2018.
GRIFFITH, P. Genetic Information: A Metaphor in Search of a Theory, Philosophy of Science, 68(3): 394–412, 2001.
GROSZ, E., Volatile Bodies: Toward a Corporeal Feminism. Indiana: University Press, Bloomington and Indianapolis, 1994.
GROSZ, E., Space, Time, and Perversion: Essays in the Politics of Bodies. New York and London: Routledge, 1995.
HAN, B. Loa a la Tierra. Barcelona: editorial Herder, 2019.
HAN, B. No-cosas. Quiebras del mundo de hoy. Santiago: editorial Taurus, 2021.
HARAWAY, D. A Cyborg Manifesto: Science, Technology and Socialist- Feminism in the Late Twentieth Century in Simians, Cyborg and Women: The Reinvention of Nature. New York: Routledge, 1991.
HUXLEY, J., Religion with Revelation. London: Harper & Brothers, 1927.
JONAS, H. El Principio de responsabilidad. Ensayo de una ética para la civilización tecnológica. Barcelona: editorial Herder, 1995.
JOUSSET- COUTURIER, B. Le transhumanisme. Faut-il avoir peur de l'avenir? Paris: Eyrolles, 2016.
LECAROS, J Y VALDÉS, E. Origen y evolución de la bioética. En: FERRER, J., LECAROS, J., Y MOLINS, M., Bioética: el pluralismo de la fundamentación. Madrid: Universidad Pontificia de Comillas, 2016, pp. 53-89.
MENDIOLA, I. El jardín biotecnológico. Tecnociencia, transgénicos y biopolítica. Madrid: Los libros de la Catarata, 2006.
MUKHERJEE, S. El gen. Una historia personal. Barcelona: editorial Debate, 2017
ORTEGA Y GASSET, J. La Rebelión de las masas (1926-1931). En: ORTEGA Y GASSET, J. Obras Completas, Tomo IV, Barcelona: Taurus, 2017, pp. 373- 528.
OVERALL, Ch. Tecnologías de mejoramiento de la vida: el significado de la pertenencia a una categoría social. En: BOSTROM, N Y SAVULESCU, J. Mejoramiento humano. Zaragoza: Teell Editorial, 2017, pp. 339-353.
RABINOW, P. Artificiality and Enlightenment: From Sociobiology to Biosociality. Essay on the Anthropology of Reason. Princeton, N. J.: Princeton University Press, 1996.
RAJAN, K. Biocapital. The Constitution of Postgenomic Life. Durham and London: Duke University Press, 2006.
RENDTORFF, J.D. AND KERNP, P. (2000). Basic Ethical Principles in European Bioethics and Biolaw, Vol l. Barcelona and Copenhagen: Institut Borja di Bioetica & Centre for Ethics and Law.
ROSE, N. The Politics of Life Itself: Biomedicine, Power and Subjectivity in the Twenty-First Century. Princeton University, Press Princeton and Oxford, 2007.
SANDEL, M. Contra la perfección: lo que pasa con los niños de diseño, los atletas biónicos y la ingeniería genética. En: BOSTROM, N Y SAVULESCU, J. Mejoramiento humano. Zaragoza: Teell Editorial, 2017, pp. 75-94.
SLEEBOOM- FAULKNER M, PATRA PK. Experimental stem cell therapy: Biohierarchies and bionetworking in Japan and India. Social Studies of Science, 41(5):645-666, 2011.
SLOTERDIJK, P. Esferas I. Burbujas. Madrid: Ediciones Siruela, 2003.
STYHRE, A. & SUNGREND, M., Venturing into the Bioeconomy, Professions, Innovation, Identity. New York: Palgrave Macmillan, 2011.
VATINNO, G. Il Transumanesimo. Una nuova filosofia per ľ Uomo del XXI secolo. Roma: Armando Editore, 2010.
VÁZQUEZ, F. Tras la autoestima. Variaciones sobre el yo expresivo en la modernidad tardía. Donosita- San Sebastián: Gakoa, 2005.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Editora Universitária Champagnat
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O autor transfere, por meio de cessão, à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 76.659.820/0009-09, estabelecida na Rua Imaculada Conceição, n.º 1155, Prado Velho, CEP 80.215-901, na cidade de Curitiba/PR, os direitos abaixo especificados e se compromete a cumprir o que segue:
- Os autores afirmam que a obra/material é de sua autoria e assumem integral responsabilidade diante de terceiros, quer de natureza moral ou patrimonial, em razão de seu conteúdo, declarando, desde já, que a obra/material a ser entregue é original e não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual de terceiros.
- Os autores concordam em ceder de forma plena, total e definitiva os direitos patrimoniais da obra/material à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, a título gratuito e em caráter de exclusividade.
- A CESSIONÁRIA empregará a obra/material da forma como melhor lhe convier, de forma impressa e/ou on line, inclusive no site do periódico da EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, podendo utilizar, fruir e dispor do mesmo, no todo ou em parte, para:
- Autorizar sua utilização por terceiros, como parte integrante de outras obras.
- Editar, gravar e imprimir, quantas vezes forem necessárias.
- Reproduzir em quantidades que julgar necessária, de forma tangível e intangível.
- Adaptar, modificar, condensar, resumir, reduzir, compilar, ampliar, alterar, mixar com outros conteúdos, incluir imagens, gráficos, objetos digitais, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fracionar, atualizar e realizar quaisquer outras transformações, sendo necessária a participação ou autorização expressa dos autores.
- Traduzir para qualquer idioma.
- Incluir em fonograma ou produção audiovisual.
- Distribuir.
- Distribuir mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permite ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário.
- Incluir e armazenar em banco de dados, físico, digital ou virtual, inclusive nuvem.
- Comunicar direta e/ou indiretamente ao público.
- Incluir em base de dados, arquivar em formato impresso, armazenar em computador, inclusive em sistema de nuvem, microfilmar e as demais formas de arquivamento do gênero;
- Comercializar, divulgar, veicular, publicar etc.
- Quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas.
- Os autores concordam em conceder a cessão dos direitos da primeira publicação (ineditismo) à revista, licenciada sob a CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION LICENSE, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
- Os autores autorizam a reprodução e a citação de seu trabalho em repositórios institucionais, página pessoal, trabalhos científicos, dentre outros, desde que a fonte seja citada.
- A presente cessão é válida para todo o território nacional e para o exterior.
- Este termo entra em vigor na data de sua assinatura e é firmado pelas partes em caráter irrevogável e irretratável, obrigando definitivamente as partes e seus sucessores a qualquer título.
- O não aceite do artigo, pela EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, tornará automaticamente sem efeito a presente declaração.