O currículo escolar e o fim das utopias pedagógicas: distopia ou reposicionamento de apostas?

Autores

  • Juares da Silva Thiesen Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, SC, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.7213/1981-416X.17.054.AO02

Palavras-chave:

Currículo. Utopia. Futuro. Distopia.

Resumo

No artigo, organizado no âmbito do grupo de pesquisa em currículo, analisa-se a relação entre currículo, utopia e futuro a partir de referenciais presentes em abordagens do pensamento fundacional e pós-fundacional - duas matrizes teóricas a partir das quais se travam significativos embates nas ciências humanas em geral e na educação em particular. O problema que se coloca é se vivemos um tempo de distopia pedagógica e curricular em razão da emergência de abordagens que defendem o fim das metanarrativas e dos projetos de futuro na educação ou trata-se de um reposicionamento de apostas com vistas a manutenção do modelo educacional vigente. Inicialmente apresentam-se elementos das utopias pedagógicas que tão bem marcaram a modernidade pela hegemonia do pensamento fundacional e o lugar do currículo nesse cenário. Em seguida discutem-se aspectos da dimensão pós-fundacional na educação e suas influências no campo do currículo, especialmente os elementos trazidos pelas teorias pós-estruturalistas, para finalmente defender-se que a atual sociedade burguesa vive tempos de acentuado fundacionismo tanto no âmbito das políticas educacionais e curriculares quanto nas formas de avaliação dos resultados da aprendizagem escolar e que não há, portanto, evidências de distopia pedagógica.

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Publicado

2017-09-27

Como Citar

da Silva Thiesen, J. (2017). O currículo escolar e o fim das utopias pedagógicas: distopia ou reposicionamento de apostas?. Revista Diálogo Educacional, 17(54), 1313–1333. https://doi.org/10.7213/1981-416X.17.054.AO02