A DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO E O TRATAMENTO DAS DESIGUALDADES SOCIAIS NO ENSINO/APRENDIZAGEM INTERCULTURAL DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS.

Autores

  • Clarisse Costa Afonso. Universidade Nova de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.7213/rde.v6i17.6734

Resumo

O ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras tem sido, ao longo dos anos, caracterizado por um certo elitismo, porquanto, por várias razões, eram as minorias oriundas de estratos sociais mais privilegiados que a ele acediam. A democratização do ensino e a sua conseqüente massificação em todos os níveis de escolaridade na Europa do séc. XX tornou esta aprendizagem, em princípio, acessível a todos. Tomando como exemplo o caso de Portugal, em que esta democratização ocorreu a partir de 1974, com a instituição de um regime democrático, defendemos a tese de que o fato de se viver num regime democrático não é por si só bastante para acabar com desigualdades sociais. São necessárias medidas políticas diferenciadas que facultem aos mais carentes os meios que lhes permitam aceder ao conhecimento, o que, por sua vez, lhes facilitará uma plena integração. As políticas protecionistas que as jovens democracias têm a tendência de implementar podem ser perversas na medida em que, não ajudando o cidadão a desenvolver a sua maioridade, perpetuam as desigualdades que se pretendiam eliminar. Consideramos fundamental o acesso de todos à aprendizagem das línguas estrangeiras, cujo domínio se torna cada vez mais importante na época da globalização. Para tal, preconizamos um ensino diferenciado em paralelo com uma escola pública devidamente equipada com todos os recursos técnicos e humanos necessários e adequados, de modo a proporcionar esse acesso aos que dele mais necessitam.

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Endereços na Internet: http://www.min-edu.pt/ http://www.deb.min-edu.pt/ http://www.des.min.edu-pt/

http://www.europa.eu.int/

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Publicado

2006-07-17

Como Citar

Costa Afonso., C. (2006). A DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO E O TRATAMENTO DAS DESIGUALDADES SOCIAIS NO ENSINO/APRENDIZAGEM INTERCULTURAL DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS. Revista Diálogo Educacional, 6(17), 85–96. https://doi.org/10.7213/rde.v6i17.6734