CULTURA E EDUCAÇÃO: SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS POSSÍVEIS

Autores

  • Jalil Akkari Universidade de Fribourg – Suiça
  • Peri Mesquida Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCPR.

DOI:

https://doi.org/10.7213/rde.v1i2.3463

Resumo

Numa visão clássica que remonta a Durkheim, a educação é vista como a "socialização adaptadora" do indivíduo a uma determinada cultura. O progressivo abandono do termo "pedagógico", em especial, nas sociedades de língua francesa, particularmente, no Canadá, na França e na Suiça; a adoção do plural no momento do renascimento das "ciências" da educação, no final da década de 1960; a diversificação da origem cultural dos alunos nos países industrializados, não provocaram transformações estruturais na concepção da área de conhecimento. Na realidade, a pluralidade que foi estabelecida para as ciências da educação permanece essencialmente ligada à emergência de vários campos disciplinares: filosofia da educação, psicologia da educação, antropologia e educação, etc. O discurso dominante é monocultural, na medida em que o mesmo é produzido por uma psicopedagogia que representa uma pequena população da humanidade(a população dominante dos países capitalistas centrais) e se destina a discutir problemas da aprendizagem dos educandos como se estes fossem "culturalmente neutros".

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AKKARI e Al. A comparative analysis of teacher ethnotheories. The In; Professional Educator, XXI, 1, p. 45-61. Washington, 1998.

ALLEN, B.A. African-American Children and the educational process: Alleviating cultural edscontinuity through prescriptive pedagogy. In: School Psychology Review, 21 (4), 586-596. Washington, 1992.

ARIES, P. Centuries of childhrood. Londres: Cape, 1962.

ARIES, P. L’ enfant: la fin d’un régime. Autrement, 3, p. 169-171. Paris, 1975.

AVANZZINI, G. Immobilisme et novation dans l ‘éducation scolaire. Toulouse: Privat, 1975.

AVANZZINI, G. Les finalités de l ‘éducation. In: G. Avanzzini 9 eds.), Pédagogie d’aujourd’hui, p. 229-239. Paris: Dunod, 1996.

BAUDELOT, ESTABLET, R.L. L’école capitaliste en France. Paris: PUF, 1971.

BINET, A Les idées modernes sur les enfants.Paris: Flammarion, 1973.

BOURDIEU, P. PASSERON, J.C. A reprodução. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1975.

BORKOWSKI, A Elèves et étudiant (e)s d’origine étrangère en Suisse. Genève: Unigenève , 1992.

BOVET, P. Science de l ‘éducation et pédagogie expérimentale. In: L’éducation, 22, p. 440-450: Paris, 1921.

BRUNNER, J. The culture of education.Cambridge: Harvard University Press, 1996.

DASEN, P. L ‘intelligence chez les Baoulé. Paris: Archives de Psychologie, 1985.

DASEN, P. Culture and cognitive development from a piagetian perspective. Boston: Allyn K. and Bacon, 1994.

DELPIT, L. Skills, and others dilemmas for a progressive Black educator. In: Educational Review, 56, p. 379-385, Cambridge: Harvard University Press, 1986.

DELPIT, L. Other people’s children. New York: New Press, 1995.

ENRIQUES, V.G. From colonial to liberation psychology: the Philippine experience. Manila: De la Salle University Press, 1992.

EYSENCK, H. L. Race, intelligence and education. Londres: Temple Smith, 1971.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.

FREIRE, P. Alfabtização: leitura do mundo, leitura da palavra. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

GALTON, F. Inquires into human faculty and its development. New York: Dutton, 1883.

HOFFMAN, D. M. Culture and self in multicultural education: reflections discourse, text and practice. In: American Educational Research Journal, 33, p. 545-569, Washington, 1996.

HERRNSTEIN, R. The bell curve: class structure and future of

America. New York: The Free Press, 1995.

ILLICH, I. Sociedade sem escolas. Petrópolis: Vozes, 1985.

KUMAR, K. Indigenization and transnational cooperation in social sciences. New York: K. Kumar Ed., 1979.

LAVE, J. Situate learning in communities of pratice. Washington, D.D.: American Psycholocal Association, 1991.

LAVE, J. Situated learning: legitimate peripheral participation. Cambridge: Cambridge University Press, 1991.

MEIRIEU, P. Aprender...Mas, como? Porto Alegre: Artmed, 1998.

MESQUIDA, P. Piaget e Vygotski: Um diálogo inacabado. Curitiba: Champagnat, 2000.

MONTESSORI, M. Pédagogie scientifique. Paris: Larousse, 1919.

PIAGET, J. O nascimento da inteligência na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

PIAGET, J. Psicologia e pedagogia. São Paulo: Forense, 1969.

PIAGET, J. Mes idées. Paris: Denoël/Gonthier, 1978.

PIAGET, J. (Prefácio). Piagetian psychology: cross-cultural contributions. New York: Gardner Press, 1977.

PROST, A Histoire de l’enseignement en France. Paris: Armand Colin, 1968.

RANJARD, P. L’individualisme, un suicide culturel. Les enjeux de l ‘éducation. Paris:L’Harmattan, 1997.

RESNICK, L. B. Learning in school and out. In: Educational Researcher, 16, p. 13-20. Washington, 1987.

SERPELL, R. The significance of schooling: life-journey in African society. Cambridge: Cambridge University Press, 1993.

THAN KHOI. Education et civilisations. Paris: Nathan, 1995.

THARP, R. G. Rousing minds to life: teaching, learning and schooling in social context. Cambridge : Harvard University Press, 1988.

VYGOTSKI, L.S. Pensée et langage. Paris: Éditions Sociales, 1985.

WERTSCH, J.V. Culture, communication and cognition: Vygotskian perspectives. New York: Cambridge University Press, 1985.

WALLON, H. L ‘évolution psychologique de l ‘enfant. Paris: ª Colin, 1941.

XYPAS, C. La spécificité des sciences de l ‘éducation ou la pédagogie entre le singulier et le pluriel. Berna: Peter Lang, 1992.

Downloads

Publicado

2000-07-17

Como Citar

Akkari, J., & Mesquida, P. (2000). CULTURA E EDUCAÇÃO: SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS POSSÍVEIS. Revista Diálogo Educacional, 1(2), 1–170. https://doi.org/10.7213/rde.v1i2.3463

Edição

Seção

Artigos