Prática como Componente Curricular: questões e reflexões

Autores

  • Samuel de Souza Neto Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp)
  • Vandeí Pinto da Silva Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp)

DOI:

https://doi.org/10.7213/dialogo.educ.14.043.AO03

Resumo

A presente reflexão é motivada pelas dificuldades postas aos cursos de licenciatura para interpretarem o significado da Prática como Componente Curricular (PCC), dificuldades essas expressas nas diferentes formas de sua implementação. O objetivo é contribuir com a construção de uma concepção de PCC integrada ao projeto político-pedagógico do curso e que colabore com o aprimoramento da formação do professor, de modo a superar ajustes curriculares formais nos quais a PCC serve apenas como mecanismo facilitador do cumprimento da carga horária mínima do curso. O ponto de partida é a análise de modelos de PCC vigentes numa universidade pública, seus avanços e desafios. Em seguida, são discutidas as ambiguidades das diretrizes legais acerca do conceito de prática presentes nas formulações “Prática de ensino e estágio supervisionado”, “Estágio” e “PCC”. O lugar da PCC no currículo também é problematizado: trata-se de resgatar a prática como referência da formação, de superar a indistinção entre PCC e Estágio e as dicotomias existentes entre disciplinas de formação específica e pedagógicas. Por fim, com base em pressupostos teóricos que articulam teoria e prática, são propostos projetos integradores por meio dos quais a PCC pode contribuir para a organicidade do curso, a interdisciplinaridade, o trabalho coletivo, a ampliação da formação para além da sala de aula e para a formação de professores mais bem preparados ao enfrentamento dos desafios atuais.keywords: Prática como Componente Curricular. Currículo. Formação docente.

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Publicado

2014-07-12

Como Citar

de Souza Neto, S., & Pinto da Silva, V. (2014). Prática como Componente Curricular: questões e reflexões. Revista Diálogo Educacional, 14(43), 889–909. https://doi.org/10.7213/dialogo.educ.14.043.AO03