Tiempo corporal y subjetividad en Merleau-Ponty
DOI:
https://doi.org/10.7213/aurora.27.041.AO01Resumo
El cuerpo, para la ontología elaborada por Merleau-Ponty, tiene como rasgo esencial sostener una relación consigo mismo (Selbstbezug). El modo de darse esta relación consigo mismo del cuerpo no lo convierte en un objeto para sí mismo, ni tampoco en un sujeto que conduzca su sentido. La vida subjetiva del cuerpo no es la de un fundamento preestablecido — la idea del fundamento como Grund, como instancia última de explicación —, sino la de un sí mismo corporal (leibliches Selbst) que no es “coincidencia” consigo mismo — el sí mismo como aquello que es idéntico a sí (same, dasselbe) —, sino un sí mismo que es distinto de sí (self; Selbst). El sí mismo corporal se percibe a sí mismo como diferente. Se trata de un ser corporal dividido, escindido en sí mismo. El planteamiento que queremos hacer, en este contexto, consiste en concebir el tiempo corporal como movimiento de explosión (éclatemment), de fuga de sí mismo, en un presente que hunde sus raíces en el pasado y en el futuro, y en el que la vida subjetiva del cuerpo no es pura ausencia de sí a sí, vacío o negación de su ser. En dos apartados propongo dar cuenta de este planteamiento: 1) tiempo y cuerpo y 2) memoria corporal.Downloads
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