Cinco Vertentes da Filosofia Brasileira Contemporânea: Atitudes Frente à Matriz Europeia – Tipologias e Ferramentas Analíticas | Branches of Brazilian Philosophy in the Twentieth and Twenty-first Centuries: Five Attitudes Towards European Matrix – Typologies and Analytical Tools
DOI:
https://doi.org/10.1590/2965-1557.035.e202330160Resumo
O artigo focaliza a filosofia brasileira contemporânea, à luz dos legados dos séculos passados e das perspectivas futuras que se abrem no presente histórico, e se divide em duas partes. A primeira está devotada ao estabelecimento dos paradigmas teóricos e das ferramentas analíticas requeridos tanto para a compreensão
e a formulação do problema histórico-filosófico, quanto para a busca de caminhos ou de respostas para as questões no plano do método, com foco na formação da filosofia em nossos meios ao ser transplantada da Europa para cá, bem como na composição e distinção da intelligentsia filosófica brasileira, do período colonial aos nossos dias: por um lado, os paradigmas da formação (do início do séc. XVI até meados do séc. XX) e da
pós-formação (das três últimas décadas do século XX ao XXI...); por outro, na esteira do método dos tipos ideais de Max Weber, a tipificação da intelligentsia filosófica brasileira neste longo período, distinguida em cinco extrações principais: [i] o intelectual orgânico da Igreja ou o jesuíta da Colônia; [ii] o diletante estrangeirado ou o letrado autodidata remanescente das Escolas de Direito de fins do séc. XVIII até meados do séc. XX (Coimbra, Recife, São Paulo); [iii] o scholar ou o especialista disciplinar modelado pelas ciências duras nas primeiras décadas do séc. XX e se estendendo às ciências humanas e à filosofia entre meados e as últimas décadas do séc. XX;
[iv] o intelectual político ou intelectual público engajado em questões práticas e na cena política, ao promover
a fusão do pensamento e da ação; [v] o pensador ou o intelectual cosmopolita globalizado, ainda não existente entre nós e visado como sondagem do futuro. A segunda parte, visada como desdobramento e complementação da primeira nos quadros de uma pesquisa em curso, procura distinguir as diferentes atitudes da intelligentsia filosófica brasileira frente à matriz europeia, ao longo da filosofia brasileira contemporânea (sécs. XX-XXI): alinhamento e reverência; autonomia e assimilação crítica; instrumentalização ideológica e política; suspeição
e defenestração – às quais deveria ser acrescentada a própria atitude dos europeus aqui atuantes, como a Missão Francesa em São Paulo e no Rio de Janeiro, tipificada como catequese e missão civilizatória, prevalecente em nossos meios desde o jesuíta da Colônia.
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