Habermas sobre a comunicação sistematicamente distorcida

Autores/as

  • Aylton Barbieri Durão Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, SC - Brasil
  • Adja Balbino de Amorim Barbieri Durão Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, SC - Brasil

DOI:

https://doi.org/10.7213/revistadefilosofiaaurora.6151

Resumen

Habermas desenvolveu a teoria da ação comunicativa mostrando como os problemas de comunicação entre os falantes podem ser resolvidos a partir da própria autorreferencialidade inerente à linguagem ordinária ou, em casos mais graves, mediante os discursos racionais. Contudo, ele mostrou também que existem formas de comunicação sistematicamente distorcidas como a neurose e a ideologia, nas quais, ao contrário de Wittgenstein,que considerava não existir uma linguagem privada. Tratava-se somente de um mal entendimento sobre o correto funcionamento de nossa linguagem, pois são formas reais da linguagem privada porque a reconstrução linguística da Psicanálise demonstrou que o neurótico, diante de uma situação insustentável da primeira infância, substitui o símbolo reprimido por um símbolo insuspeito que passa a ocupar o seu lugar. Origina o comportamento repetitivo do enfermo, mas que pode ser recordado de maneira constante,o que desmente também o primado que Gadamer atribuiu à hermenêutica. A comunicação sistematicamente distorcida não pode ser superada simplesmente pelo adestramento da habilidade de interpretação a partir do contexto, mas requer a passagem para discursos clínicos em que o paciente deve fazer a experiência da autorreflexão

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Publicado

2012-05-04

Cómo citar

Barbieri Durão, A., & Balbino de Amorim Barbieri Durão, A. (2012). Habermas sobre a comunicação sistematicamente distorcida. Revista De Filosofía Aurora, 24(34), 23–48. https://doi.org/10.7213/revistadefilosofiaaurora.6151