Biologização do ser moral em Hans Jonas

Autores/as

  • Anor Sganzerla Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

DOI:

https://doi.org/10.7213/revistadefilosofiaaurora.7769

Resumen

A responsabilidade enquanto princípio ético proposta por Hans Jonas representa uma das reflexões morais indispensáveis à civilização tecnológica. Ao ampliar o universo moral também para a natureza extra-humana, e sua opção em recorrer à biologia como fundamento para o princípio responsabilidade, facilitou a associação do pensador com a moral naturalista. A tese aqui apresentada é de que o autor, embora recorra à biologia, não defende uma moral naturalista, afastando-se assim do que ficou conhecido como falácia naturalista. O “novo” da filosofia de Jonas é que o dever fundamenta-se de modo ontológico, por isso a responsabilidade torna-se um dever ontológico e não moral: o homem tem que ser responsável porque ele é responsável ontologicamente. Não se trata de extrair uma ética da ontologia, pois a ética está contida no fato primordial da vida, visto que o dever ser está inserido no próprio Ser, o que faz Jonas usar da ontologia presente na natureza como fundamento da ética. Por ser ontológica e não racional, a liberdade não é um privilégio humano. Reinserido na natureza, o homem reafirma-se numa espécie de ontobiologia e sua proposta classifica-se como uma biologização do ser moral.

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Publicado

2013-05-03

Cómo citar

Sganzerla, A. (2013). Biologização do ser moral em Hans Jonas. Revista De Filosofía Aurora, 25(36), 155–178. https://doi.org/10.7213/revistadefilosofiaaurora.7769