Filosofia Africana do Encantamento tecida por mulheres negras: poéticas de re-existências para descolonização do conhecimento

Autores/as

  • Adilbenia Freire Machado Rede Africanidades (UFBA), Núcleo das Africanidades Cearenses (NACE): encantamento, pretagogia, ancestralidade (UFC); AZÂNIA - Grupo de Estudos e Pesquisas em Cultura, Gêneros, Sexualidades, Religião, Performances e Educação (UNILAB - CE) http://orcid.org/0000-0003-3226-2139

DOI:

https://doi.org/10.7213/1980-5934.33.059.DS04

Palabras clave:

Ancestralidade, Metodologia dos Odus, Saberes Ancestrais Femininos.

Resumen

Este artigo tem o objetivo de dialogar com vozes femininas de África e da Diáspora Africana tecendo re-existências desde a Filosofia Africana do Encantamento, refletindo possibilidades plurais e ancestrais para descolonização do conhecimento e promoção de uma educação antirracista. Nesse sentido, caminharemos com a pedagogia da ancestralidade que nos exige modos outros de (re)pensar, refletir, (re)criar, e (re)posicionar-se oriundos de práticas inclusivas e  tecidas por nossos corpos, pelas memórias, conhecimentos ancestrais, saberes e histórias de nossos povos, partindo da ligação ancestral entre corpo, espiritualidade e natureza; e a metodologia dos Odus, que também é uma teoria, implicada em compreender nossas origens, por meio de processos de desconstruções, transições, transformações, encantamento, espaço, tempo e natureza como modos plurais de ser / pensar / existir em busca de contribuir com a descolonização do conhecimento, de nossos corpos  e sentidos. Assim, essa teia será construída em diálogo com o ser-tão que há em nós, com a escuta sensível e a ética do cuidado, considerando que são conceitos delineados pela ancestralidade e pelo encantamento. A filosofia africana contemporânea nasce do encantamento, portanto, é traçada pela ancestralidade, e assim apresenta-se como gestada desde a cabaça ancestral bordada pelos saberes ancestrais femininos. Esses saberes (a)bordam nossas escrevivências, dando sentido às re-existências cotidianas. São saberes experienciados por corpos carregados de sentidos, corpos sagrados, ancestrais. Desse modo, falamos desde cosmopercepções delineadas por cosmossensações de um corpo vivo, que aprende e ensina continuamente. Pois compreendemos que o conhecimento é movimento! O movimento é que proporciona a vida! De modo que os femininos são águas em movimentos ancestrais que permitem a existência do hoje e do amanhã.

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Biografía del autor/a

Adilbenia Freire Machado, Rede Africanidades (UFBA), Núcleo das Africanidades Cearenses (NACE): encantamento, pretagogia, ancestralidade (UFC); AZÂNIA - Grupo de Estudos e Pesquisas em Cultura, Gêneros, Sexualidades, Religião, Performances e Educação (UNILAB - CE)

Doutora em Educação (UFC) Mestra em Educação (UFBA) Bacharela e Licenciada em Filosofia (UECE) Pesquisa Filosofias Africanas; Filosofias da Ancestralidade e do Encantamento; Metodologias e Currículos Afrorreferenciados; Saberes Ancestrais Femininos mediando as Filosofias Africanas; Ensino de História e Cultura Africana e Afrobrasileira. AFYL – BRASIL, Rede Africanidades (UFBA), Núcleo das Africanidades Cearenses (NACE): encantamento, pretagogia, ancestralidade (UFC); AZÂNIA - Grupo de Estudos e Pesquisas em Cultura, Gêneros, Sexualidades, Religião, Performances e Educação (UNILAB - CE); Rede Brasileira de Mulheres Filósofas; AAFROCEL (Academia Afrocearense de Letras); ABPN (Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negr@s). Lattes: http://lattes.cnpq.br/1983904257583624

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Publicado

2021-08-31

Cómo citar

Machado, A. F. (2021). Filosofia Africana do Encantamento tecida por mulheres negras: poéticas de re-existências para descolonização do conhecimento. Revista De Filosofía Aurora, 33(59). https://doi.org/10.7213/1980-5934.33.059.DS04