Filosofia Africana do Encantamento tecida por mulheres negras: poéticas de re-existências para descolonização do conhecimento
DOI:
https://doi.org/10.7213/1980-5934.33.059.DS04Palabras clave:
Ancestralidade, Metodologia dos Odus, Saberes Ancestrais Femininos.Resumen
Este artigo tem o objetivo de dialogar com vozes femininas de África e da Diáspora Africana tecendo re-existências desde a Filosofia Africana do Encantamento, refletindo possibilidades plurais e ancestrais para descolonização do conhecimento e promoção de uma educação antirracista. Nesse sentido, caminharemos com a pedagogia da ancestralidade que nos exige modos outros de (re)pensar, refletir, (re)criar, e (re)posicionar-se oriundos de práticas inclusivas e tecidas por nossos corpos, pelas memórias, conhecimentos ancestrais, saberes e histórias de nossos povos, partindo da ligação ancestral entre corpo, espiritualidade e natureza; e a metodologia dos Odus, que também é uma teoria, implicada em compreender nossas origens, por meio de processos de desconstruções, transições, transformações, encantamento, espaço, tempo e natureza como modos plurais de ser / pensar / existir em busca de contribuir com a descolonização do conhecimento, de nossos corpos e sentidos. Assim, essa teia será construída em diálogo com o ser-tão que há em nós, com a escuta sensível e a ética do cuidado, considerando que são conceitos delineados pela ancestralidade e pelo encantamento. A filosofia africana contemporânea nasce do encantamento, portanto, é traçada pela ancestralidade, e assim apresenta-se como gestada desde a cabaça ancestral bordada pelos saberes ancestrais femininos. Esses saberes (a)bordam nossas escrevivências, dando sentido às re-existências cotidianas. São saberes experienciados por corpos carregados de sentidos, corpos sagrados, ancestrais. Desse modo, falamos desde cosmopercepções delineadas por cosmossensações de um corpo vivo, que aprende e ensina continuamente. Pois compreendemos que o conhecimento é movimento! O movimento é que proporciona a vida! De modo que os femininos são águas em movimentos ancestrais que permitem a existência do hoje e do amanhã.
Descargas
Citas
ALVES, M. K. F. Resistência Negra no Círculo de Cultura Sociopoético: pretagogia e produção didática para a implementação da lei 10.639/03 no projovem urbano. 159f. 2015. Orientadora: Profa. Sandra Haydée Petit. Dissertação (mestrado em Educação) — Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Educação, Fortaleza, 2015.
CARNEIRO, S. A construção do outro como não-ser como fundante do ser. Tese (doutorado em Educação) — Universidade de São Paulo, FEUSP, 2005.
EVARISTO, C. A escrevivência e seus subtextos. In: DUARTE, C. L.; NUNES, I. R. (Orgs.). Escrevivência: a escrita de nós: reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. Ilustrações Goya Lopes. 1. ed. Rio de Janeiro: Mina Comunicação e Arte, 2020.
EVARISTO, C. Destaque: Conceição Evaristo. Entrevista concedida a Ademir Pascale. Conexão Literatura, n. 24, 2017.
CHIZIANE, P. O canto dos escravizados. Belo Horizonte: Nandyala, 2018.
CHIZIANE, P. Eu, mulher... por uma nova visão de mundo. 2. ed. Belo Horizonte: Nandyala, 2016.
CHIZIANE, P. As andorinhas. Belo Horizonte: Nandyala, 2013.
DIOP, B. Soplos. In: EZE, E. C.(Org.). Pensamiento africano: cultura e sociedad. Barcelona: Ed.Bellaterra, 2005. Biblioteca de Estu¬dios Africanos.
HOOKS, B. Ensinando a transgredir: a educação como prática de liberdade. Trad. Marcelo Brandão Cipolla. 2. ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2017.
HOOKS, B. De coração para coração: ensinando com amor. Heart to heart: teaching with love. In: HOOKS, B. Teaching community: a pedagogy of hope. New York: Routledge, 2003. p. 127-137. (Tradução para uso didático de Vinícius da Silva). Disponível em: https://oquartodehooks.wordpress.com/2019/02/10/de-coracao-para-coracao-ensinando-com-amor/amp/?__twitter_impression=true. Acesso em: 10 fev. 2021.
KAUR, R. o que o sol faz com as flores. Trad. Ana Guadalupe. São Paulo: Planeta do Brasil, 2018.
KILOMBA, G. Memórias da Plantação – Episódios de racismo cotidiano. Trad. Jess Oliveira. 1 ed. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
KI-ZERBO, J. Introdução Geral. In: História geral da África, I: Metodologia e pré-história da África/editado por Joseph Ki‑Zerbo. 2. ed. rev. Brasília: UNESCO, 2010. 992p.
LORDE, A. Mulheres Negras: As ferramentas do mestre nunca irão desmantelar a caso do mestre. Trad. Renata. In: Conferência do New Yor University Institute for the Humanities, 1979. Geledés, 10 jul. 2013. Disponível em: https://www.geledes.org.br/mulheres-negras-as-ferramentas-do-mestre-nunca-irao-desmantelar-a-casa-do-mestre/. Acesso em: 29 mar. de 2019.
MACEDO, R. S. Compreender/mediar a formação: o fundante da educação. Brasília: Liber Livro Editora, 2010.
MACHADO, A. F. Filosofia Africana Contemporânea desde os saberes ancestrais femininos: novas travessias / novos horizontes. In: Ítaca - Especial Filosofia Africana, n. 36, 2020, p. 248-280. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/Itaca/article/view/31952/19774. Acesso em: 20 de Junho de 2020.
MACHADO, A. F. Saberes Ancestrais Femininos na Filosofia Africana: Poéticas de Encantamento para Metodologias e Currículos Afrorreferenciados. 268f. 2019. Orientadora: PETIT, S. H. Tese (doutorado em Educação) — Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2019.
MACHADO, A. F. Ancestralidade e Encantamento: filosofia africana mediando a história e cultura africana e afro-brasileira. 240f. 2014. Orientadora: TOURINHO, T. Dissertação (mestrado em Educação) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2014.
MACHADO, V. Pele da Cor da Noite. Salvador: EDUFBA, 2013.
MARTINS, L. Performances da Oralitura: corpo, lugar da memória. Letras, n. 26, p. 63-81, nov. 2013. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/11881/7308>. Acesso em: 10 set. 2018.
MEIJER, R. A. S. Valorização da Cosmovisão Africana na Escola: narrativa de uma pesquisa-formação com professoras piauienses. 194f. 2012. Orientadora: PETIT, S. H. Tese (doutorado em Educação). Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza, 2012.
OLIVEIRA, E. D. Filosofia da ancestralidade: corpo e mito na filosofia da educação brasileira. Curitiba: Editora Gráfica Popular, 2007.
OLIVEIRA, K. R. Pedagogia da Ancestralidade. Revista eonline, 2019. Disponível em: https://www.sescsp.org.br/online/artigo/13431_PEDAGOGIA+DA+ANCESTRALIDADE. Acesso em: 08 ago. 2019.
OLIVEIRA, L. S. Filosofia Política Preta: o que zumbi e outrxs quilombista tem a nos dizer?. Le Monde Diplomatique – Brasil, edição 160, 2020. Disponível em: https://diplomatique.org.br/o-que-zumbi-e-outrxs-quilombistas-tem-a-nos-dizer/?fbclid=IwAR32iE0Yu1mQ7gN3bB2x5Agle1XXKwLHmf9xul3YpEd7mWbq2awD8Z8LJBE. Acesso em: 10 nov. 2020.
OYĚWÙMÍ, O. Conceituando o gênero: os fundamentos eurocêntricos dos conceitos feministas e o desafio das epistemologias africanas. African Gender Scholarship: Concepts, Methodologies and Paradigms. CORDESRIA Gender Series, v. 1, p. 1-8, 2004. (Original: Conceptualizing Gender: The Eyrocentric Foundations of Feminist Concepts and the challenge of African Epistemologies, por Juliana Araújo Lopes).
PIEDADE, V. Dororidade. São Paulo: Editora Nós, 2017.
ROCHA, A. M. Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí: tecituras filosóficas comprometidas com a decolonialidade. Le Monde Diplomatique – Brasil, 2020. Disponível em: https://diplomatique.org.br/oyeronke-oyewumi-tecituras-filosoficas-comprometidas-com-a-decolonialidade/. Acesso em: 02 de dez. 2020.
ROCHA, A. M. A Exclusão Intelectual do Pensamento Negro. Pólemos, Brasília, v. 2, n. 4, 2014.
SOMÉ, S. O Espírito da Intimidade: ensinamentos ancestrais africanos sobre relacionamentos. São Paulo: Odysseus Editora, 2003.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
El autor transfiere, por medio de cesión, a la EDITORA UNIVERSITARIA CHAMPAGNAT, persona jurídica de derecho privado, inscrita en el CNPJ/MF bajo el n.º 76.659.820/0009-09, establecida en la (calle) Rua Imaculada Conceição, n.º 1155, Prado Velho, CEP 80.215-901, en la ciudad de Curitiba/PR, los derechos abajo especificados y se compromete a cumplir lo que sigue:
Los autores afirman que la obra/material es de su autoría y asumen integral responsabilidad frente a terceros, ya sea de naturaleza moral o patrimonial, en razón de su contenido, declarando, desde ya, que la obra/material a ser entregada es original y no infringe derechos de propiedad intelectual de terceros.
- Los autores concuerdan en ceder de forma plena, total y definitiva los derechos patrimoniales de la obra/material a la EDITORA UNIVERSITARIA CHAMPAGNAT, a título gratuito y en carácter de exclusividad.
- LA CESIONARIA empleará la obra/material de la forma como mejor le convenga, de forma impresa y/u on line, incluso en el sitio del periódico de la EDITORA UNIVERSITARIA CHAMPAGNAT, pudiendo utilizar, disfrutar y disponer del mismo, en todo o en parte, para:
- Autorizar su utilización por terceros, como parte integrante de otras obras.
- Editar, grabar e imprimir, cuantas veces sean necesarias.
- Reproducir en cantidades que juzgue necesarias, de forma tangible e intangible.
- Adaptar, modificar, condensar, resumir, reducir, compilar, ampliar, alterar, mezclar con otros contenidos, incluir imágenes, gráficos, objetos digitales, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fraccionar, actualizar y realizar otras transformaciones, siendo necesaria la participación o autorización expresa de los autores.
- Traducir para cualquier idioma.
- Incluir en fonograma o producción audiovisual.
- Distribuir.
- Distribuir mediante cable, fibra óptica, satélite, ondas o cualquier otro sistema que permite al usuario realizar la selección de la obra o producción para recibirla en tiempo y lugar previamente determinados por quien formula la demanda y en los casos en que el acceso a las obras o producciones se haga por cualquier sistema que importe en pago por el usuario.
- Incluir y almacenar en banco de datos, físico, digital o virtual, incluso nube.
- Comunicar directa y/o indirectamente al público.
- Incluir en base de datos, archivar en formato impreso, almacenar en computador, incluso en sistema de nube, microfilmar y las demás formas de archivo del género;
- Comercializar, divulgar, vehicular, publicar etc.
- Otro tipo de modalidades de utilización existentes o que vengan a ser inventadas.
- Los autores concuerdan en conceder la cesión de los derechos de la primera publicación (carácter inédito) a la revista, licenciada bajo la CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION LICENSE, que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría.
- Los autores autorizan la reproducción y la citación de su trabajo en repositorios institucionales, página personal, trabajos científicos, entre otros, desde que la fuente sea citada.
- La presente cesión es válida para todo el territorio nacional y para el exterior.
- Este término entra en vigor en la fecha de su firma y es firmado por las partes en carácter irrevocable e irretractable, obligando definitivamente las partes y sus sucesores a cualquier título.
- La no aceptación del artículo, por la EDITORA UNIVERSITARIA CHAMPAGNAT, hará que la presente declaración sea automáticamente nula y sin efecto.