FERNANDO PESSOA E A ARTE DE JAZER A VIDA

Autores/as

  • Maria João Mayer Branco Universidade Nova de Lisboa/Instituto de Filosofia da Linguagem Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.7213/rfa.v22i31.2539

Resumen

Neste estudo procura-se avaliar as consequências da crise das categorias modernas de sujeito e consciência na poesia pessoana. Mostra-se que essa crise não conduz, em Pessoa, a uma concepção niilista da existência, e que do mal-estar do excesso de consciência nasce, na sua obra, a concepção de uma singular experiência de vitalidade em estados que o poeta identifi ca com a infância e com experiências-limite do tempo e do espaço. O reverso positivo da explosão da consciência não corresponde, em Pessoa, a um anseio místico de retorno à unidade e à quietude, mas a uma experiência afectiva do movimento anímico a que chama “desassossego”. Irredutível às categorias fi losófi cas do espaço e do tempo, impossível de deter pelo pensamento, o que está em jogo é a experiência do fl uxo da vida na possibilidade de “mudar de alma” ou do “saber ver” ensinado por Alberto Caeiro.

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Publicado

2010-05-03

Cómo citar

João Mayer Branco, M. (2010). FERNANDO PESSOA E A ARTE DE JAZER A VIDA. Revista De Filosofía Aurora, 22(31), 557–573. https://doi.org/10.7213/rfa.v22i31.2539

Número

Sección

Fluxo contínuo