Silêncio e interioridade pessoal em Edith Stein

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7213/1980-5934.29.048.DS08

Palavras-chave:

Edith Stein, fenomenologia, silêncio interior

Resumo

Analisando o texto “O castelo interior” de Edith Stein, aponta-se a experiência de silêncio relacionada com cada um dos sete níveis de interioridade pessoal identificados na imagem do castelo. Comentando em termos de antropologia filosófica o texto sobre experiência mística de Teresa D’Ávila, Stein abre caminho para a identificação de diversas modalidades de silêncio: silêncio baseado na dispersão da pessoa na vivência das circunstâncias externas, silêncio ligado à experiência de si nas vivências das circunstâncias, silêncio associado a respostas a apelos identificados na própria experiência, silêncio vivido na busca da própria interioridade pessoal, silêncio diante do acontecimento da própria pessoa e do mundo com seu mistério, silêncio nas experiências de lucidez, silêncio definitivo e silêncio na vivência do núcleo da pessoa. As diversas modalidades de silêncio são apresentadas na sua conexão com cada grau da estrutura graduada do ente. Apontam-se implicações para uma ciência da experiência propriamente humana.

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Biografia do Autor

Miguel Mahfoud, Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas Departamento de Psicologia

Psicólogo, Doutor em Psicologia Social pela USP, Pós-dourado na Ponticífia Universidade Lateranense (Roma, Itália).

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Publicado

2017-12-12

Como Citar

Mahfoud, M. (2017). Silêncio e interioridade pessoal em Edith Stein. Revista De Filosofia Aurora, 29(48). https://doi.org/10.7213/1980-5934.29.048.DS08

Edição

Seção

Dossiê