A TÉCNICA RECONSIDERADA: DO META-DISCURSO EPISTEMOLÓGICO À QUESTÃO ONTOLÓGICA
DOI:
https://doi.org/10.7213/rfa.v18i22.2092Resumen
Partindo de certas leituras atuais sobre o problema da Técnica contemporânea, impõe-se uma disjuntiva inevitável: ou o mundo pode, e será, libertado de suas limitações naturais pela ação do pensar técnico-científico, ou será, fatalmente, condenado pelo domínio de certo tipo único de manifestação do ente, isto é, o modo de ser técnico do existente. No entanto, esta oposição encobre uma afinidade íntima e essencial. Em ambos os pontos de vista, a Técnica é múltipla, porém reconhecível em seus traços fundamentais, por outro lado, ela é pensada como homogênea e totalizadora; o mundo se encontra, para bem ou para mal, destinalmente, condenado à sua regência. O objetivo do presente trabalho é indicar uma linha de abordagem diferente que possibilite superar esta condição. O horizonte geral da análise será aberto pela pergunta entorno do estatuto ontológico da Técnica, a partir dos conceitos oferecidos pela ontologia “virtual” de Gilles Deleuze. Nesse sentido, a questão nevrálgica passa por considerar, desde a filosofia deleuziana, este universo técnico, não como homogêneo e determinado por uma unidade endógena, mas como multiplicidade autodiferenciada. A noção de virtual é a peça central, em chave ontológica, para pensar que o mundo não será sepultado pela voracidade neutra e automática do modo de ser técnico, nem que o existente será docilmente configurado pela ciência e pela técnica contemporâneas. Pelo contrário, a Técnica é uma “produção” que opera pela atualização singular de um campo virtual animado internamente pela Diferença, entendida como Ser. Com Deleuze é possível afirmar que a tecnologia nada acaba, encerra, ou enclausura, uma vez que ela compõe, que se relaciona com as forças do homem. Com que novas forças, insiste Deleuze, e que nova forma surge deste composto? Por fim, que novas “máquinas” são produzidas?
Descargas
Citas
ALLIEZ, E. A Assinatura do Mundo: o que é a filosofia de Deleuze
e Guattari? Tradução de Maria Helena Rouanet e Bluma Villar.
Rio de Janeiro, RJ: Editora 34, 1995.
______ . Deleuze filosofia virtual. Anexo: Deleuze, G. “L’Actuel
et le Virtuelle”. Tradução de Heloisa B.S. Rocha. Rio de Janeiro:
Editora 34, 1996.
______ (org.) Gilles Deleuze: uma vida filosófica. São Paulo,SP:
Editora 34, 2000.
BADIOU, A. Deleuze: o clamor do ser. Tradução de Lucy Magalháes.
Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar, 1997.
BRÜSEKE, F. J. A técnica e os riscos da modernidade. Florianópolis:
Editora da UFSC, 2001.
BUYDENS, M. Sahara L’Esthétique de Gilles Deleuze. Lettre-
Préface de Gilles Deleuze. Paris: Philosophique J. VRIN, 1990.
CRAIA, E. A problemática ontológica em Gilles Deleuze. Cascavel:
EDUNIOESTE, 2002.
DELUZE, G. Différence et répétition. Paris: puf, 1993.
El Bergsonismo. Tradução de Luis Ferrero Carracedo. Madrid:
Cátedra, 1987a.
Foucault. Paris: Les Éditions de Minuit, 1986, a.
L’anti-Oedipe. Paris: Les Editions de Minuit, 1972.
L’immanenza: una vita... Aut Aut, n. 271-272, p. 4-8, jan./avr. 1996.
Lógica do Sentido. Tradução de Luiz Roberto Salinas Fortes. São
Paulo,SP: Perspectiva, 1998.
Guattari, F. Mille Plateaux. Paris: Les Éditions de Minuit, 1980.
______ . Qu’est-ce que la Philosophie? Paris: Les Éditions de Minuit,
Spinoza et le problème de l’expression. Paris: Les Éditions de Minuit,
HEIDEGGER, M. A questão da técnica. Cadernos de Tradução n° 2.
Tradução: Marco Aurélio Werle. São Paulo: DF/USP, 1997.
. “La cosa”. Conferencias y artículos. Tradução de Eustaquio Barjau.
Barcelona: Serbal, 1994.
LÉVY, P. O que é o Virtual? Tradução de Paulo Neves. São Paulo,SP:
Editora 34, 1996.
As tecnologias da inteligência. Tradução de Carlos Irineu da Costa.
São Paulo,SP: Editora 34, 1993.
MITCHAM, C. Qué es la filosofía de la tecnología? Tradução de César
Cuello Nieto. Barcelona: Anthropos, 1989.
PARENTE, A. (org.). Imagem máquina. Rio de Janeiro,RJ: Editora 34,
SIMONDON, G. O indivíduo e sua gênese físico-biológica. Tradução
de Ivana Medeiros. São Paulo: 1996 a.
______ . Sobre a técno-estética. (Circulação interna). Campinas: UNICAMP,
VIRILIO, P. Velocidade e política. Tradução de Celso M. Paciornik. São
Paulo,SP: Estação Liberdade, 1996.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
El autor transfiere, por medio de cesión, a la EDITORA UNIVERSITARIA CHAMPAGNAT, persona jurídica de derecho privado, inscrita en el CNPJ/MF bajo el n.º 76.659.820/0009-09, establecida en la (calle) Rua Imaculada Conceição, n.º 1155, Prado Velho, CEP 80.215-901, en la ciudad de Curitiba/PR, los derechos abajo especificados y se compromete a cumplir lo que sigue:
Los autores afirman que la obra/material es de su autoría y asumen integral responsabilidad frente a terceros, ya sea de naturaleza moral o patrimonial, en razón de su contenido, declarando, desde ya, que la obra/material a ser entregada es original y no infringe derechos de propiedad intelectual de terceros.
- Los autores concuerdan en ceder de forma plena, total y definitiva los derechos patrimoniales de la obra/material a la EDITORA UNIVERSITARIA CHAMPAGNAT, a título gratuito y en carácter de exclusividad.
- LA CESIONARIA empleará la obra/material de la forma como mejor le convenga, de forma impresa y/u on line, incluso en el sitio del periódico de la EDITORA UNIVERSITARIA CHAMPAGNAT, pudiendo utilizar, disfrutar y disponer del mismo, en todo o en parte, para:
- Autorizar su utilización por terceros, como parte integrante de otras obras.
- Editar, grabar e imprimir, cuantas veces sean necesarias.
- Reproducir en cantidades que juzgue necesarias, de forma tangible e intangible.
- Adaptar, modificar, condensar, resumir, reducir, compilar, ampliar, alterar, mezclar con otros contenidos, incluir imágenes, gráficos, objetos digitales, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fraccionar, actualizar y realizar otras transformaciones, siendo necesaria la participación o autorización expresa de los autores.
- Traducir para cualquier idioma.
- Incluir en fonograma o producción audiovisual.
- Distribuir.
- Distribuir mediante cable, fibra óptica, satélite, ondas o cualquier otro sistema que permite al usuario realizar la selección de la obra o producción para recibirla en tiempo y lugar previamente determinados por quien formula la demanda y en los casos en que el acceso a las obras o producciones se haga por cualquier sistema que importe en pago por el usuario.
- Incluir y almacenar en banco de datos, físico, digital o virtual, incluso nube.
- Comunicar directa y/o indirectamente al público.
- Incluir en base de datos, archivar en formato impreso, almacenar en computador, incluso en sistema de nube, microfilmar y las demás formas de archivo del género;
- Comercializar, divulgar, vehicular, publicar etc.
- Otro tipo de modalidades de utilización existentes o que vengan a ser inventadas.
- Los autores concuerdan en conceder la cesión de los derechos de la primera publicación (carácter inédito) a la revista, licenciada bajo la CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION LICENSE, que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría.
- Los autores autorizan la reproducción y la citación de su trabajo en repositorios institucionales, página personal, trabajos científicos, entre otros, desde que la fuente sea citada.
- La presente cesión es válida para todo el territorio nacional y para el exterior.
- Este término entra en vigor en la fecha de su firma y es firmado por las partes en carácter irrevocable e irretractable, obligando definitivamente las partes y sus sucesores a cualquier título.
- La no aceptación del artículo, por la EDITORA UNIVERSITARIA CHAMPAGNAT, hará que la presente declaración sea automáticamente nula y sin efecto.