Analítica e Dialética na primeira Filosofia de Fichte
DOI:
https://doi.org/10.7213/aurora.27.042.DS06Abstract
A primeira parte deste artigo mostra que tanto A. Philonenko quanto T. Rockomore, cada um a seu modo e por vias bastante distintas, parecem relativizar a importância dos ‘princípios’ da Doutrina da ciência. Num caso como no outro, em termos muito gerais, talvez pudéssemos dizer que a relação Kant-Fichte seria avaliada em função da dialética da primeira Crítica, tanto porque o uso da lógica geral como órganon só pode ser dialético, quanto porque a natureza hipotética da argumentação de Fichte deve nos levar a uma interpretação não fundacionista de sua Doutrina-da-ciência. A segunda parte deste trabalho, em contraposição a essas leituras, analisara três textos de Fichte a fim de indicar que seria possível defender uma intepretação da Doutrina-da-ciência como uma espécie de aprofundamento da transcendentalização da lógica operada por Kant na primeira Crítica. Essa análise, nos limites deste trabalho, só poderá ser indicativa e esquemática; mas isso não impede, a meu ver, que ela possa sugerir uma chave frutífera para desenvolvimentos futuros.Downloads
References
BREAZEALE, D. Inference, Intuition, and Imagination: On the Methodology
and Method of the First JenaWissenschaftslehre. In: BREAZEALE, D.;
ROCKMORE, T. (Ed.) New Essays in Fichte´s Foundation of the Entire Doctrine of
Scientific Knowledge. New York: Humanity Books, 2001. p.19-36.
CODATO, L. Lógica formal e transcendental: Kant e a questão das relações
entre intuição e conceito no juízo. In: Analytica, v. 10, n 2, p. 125-145, 2006.
CUNHA, J. G. M. Da Metodologia à Doutrina-da-ciência: Fichte leitor de Kant.
In: Filosofia alemã de Kant a Hegel. CARVALHO, M.& FIGUEIREDO, V. (Org.).
v. 3. p. 273-286.
ERDMANN, J.E. Die Entwicklung der deutschen Speculation seit Kant. Stuttgart:
Frommann, 1931.
FICHTE, J. G. Gesamtausgabe der BayerischenAkademie der Wissenschaften. Ed. R.
Lauth e H. Jacob. Stuttgart: Frommann-Holzboog, 1962.
FICHTE, J. G. Sämmtliche Werke, Berlin: de Gruyter, 1965.
___________. Sobre o conceito da Doutrina-da-Ciência ou da Assim chamada
Filosofia. Trad. R. R. Torres Filho. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
___________. A Doutrina-da-ciência de 1794. Trad. R. R. Torres Filho. São Paulo
:Abril Cultural: 1980.
GOUBET, J,F. Fichte etlaphilosophietranscendantalecomme Science: étude sur la
naissance de la première Doctrine de la Science (1793-1796). Paris: L´Harmattan,
HEGEL, G. W. F. Wissenschaft der Logik. Zweiter Band. Die subjektive Logik.
In: HEGEL, G. W. F.Gesammelte Werke. Ed. W. Jaeschke. Hamburg: Meiner,
v. xii
JAEGER, W. Grundlegungeiner Geschichte seiner Entiwicklung. Berlin: Weidmann,
KANT, I. Kritik der reinen der Vernunft. Hamburg: Felix MeinerVerlag, 1976.
________ Kants gesammelte Schriften. Ed. por Königlich Preussliche Akademie
der Wissenschaften, Berlin 1902.
LONGUENESSE, B. Kant et le pouvoir de juger. Paris: PUF, 1993.
LAUTH, R. Le progress de la connaissance dans la première Doctrine de la
Science de Fichte. In: Le Bicentenaire de la Doctrine de la Science. Lille: 1995, p.
-45.
MAIMON, S. Die Kategorien des Aristóteles. In: Gesammelte Werke. Hildesheim:
Olms, 1971.
PAREYSON, L. Fichte: Il sistema dela libertá. Milão: Mursia, 1976.
PHILONENKO, A. La liberté humaine dans la philosophie de Fichte. Paris: Vrin,
ROCKMORE, T. Fichtean Circularity, Anti Foundationism and Groundless
System. In: Idealistic Studies. 1995. v. 25, n.1, p. 107-124.
THOMAS-FOGIEL, I. Logique formalle, logique transcendentale et logique de
l´effectuation. In: Fichte. Paris:Vrin, 2004. p.147-170
TILLIETTE, X. L´intuition intellectuelle de Kant à Hegel. Paris: Vrin, 1995.
TORRES FILHO, R.R. O espírito e a letra: A Crítica da imaginação pura em
Fichte. São Paulo: Ática, 1975.
VUILLEMIN, J.L´Héritage kantien et la revolution copernicienne. Paris: PUF, 1954.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
A autoria permanece com a pessoa autora da obra, que concede à revista e à PUCPRESS (Associação Paranaense de Cultura - EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT) o direito de primeira publicação. O conteúdo publicado será regido pela licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, a qual autoriza o compartilhamento do material, desde que devidamente atribuída a autoria e reconhecida a publicação original nesta revista. O autor compromete a cumprir o que segue:
- A pessoa autora manifesta ciência no que diz respeito ao tratamento dos dados necessários para a execução do presente instrumento, o qual será realizado nos ditames do art. 7º, V, da Lei 13.709/2018, declarando a pessoa autora, que foi devidamente informada da finalidade de utilização de seus dados bem como dos direitos que lhe são inerentes, ficando desde já disponibilizado o seguinte canal de comunicação para esclarecimento de qualquer tipo de dúvida https://privacidade.grupomarista.org.br/Privacidade/
- A pessoa autora, desde já, autoriza a Revista de Filosofia Aurora e a EDITORA PUCPRESS (Associação Paranaense de Cultura - EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT) a utilizar seu nome e imagem nos materiais de divulgação do objeto deste instrumento, em qualquer formato, mídia e meio de comunicação, bem como para as demais finalidades avençadas neste contrato.
- A pessoa autora afirma que a obra/material é de sua autoria e assume integral responsabilidade diante de terceiros, quer de natureza moral ou patrimonial, em razão de seu conteúdo, declarando, desde já, que a obra/material a ser entregue é original e não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual de terceiros.
- A pessoa autora concede à Revista de Filosofia Aurora e à PUCRPRESS (Associação Paranaense de Cultura - EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT) o direito de primeira publicação da obra/material, de forma gratuita e não exclusiva, conforme os termos da licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. A pessoa autora mantém integralmente os direitos patrimoniais e morais sobre a obra, podendo utilizá-la livremente em outros contextos, desde que respeitada a atribuição da publicação original.
- A PUCRPRESS (Associação Paranaense de Cultura - EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT) empregará a obra/material da forma como melhor lhe convier, de forma impressa e/ou on line, inclusive no site do periódico da EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, podendo utilizar, fruir e dispor do mesmo, no todo ou em parte, para:
- Autorizar sua utilização por terceiros, como parte integrante de outras obras.
- Editar, gravar e imprimir, quantas vezes forem necessárias.
- Reproduzir em quantidades que julgar necessária, de forma tangível e intangível.
- Adaptar, modificar, condensar, resumir, reduzir, compilar, ampliar, alterar, mixar com outros conteúdos, incluir imagens, gráficos, objetos digitais, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fracionar, atualizar e realizar quaisquer outras transformações, sendo necessária a participação ou autorização expressa dos autores.
- Traduzir para qualquer idioma.
- Incluir em fonograma ou produção audiovisual.
- Distribuir mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permite ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário.
- Incluir e armazenar em banco de dados, físico, digital ou virtual, inclusive nuvem.
- Comunicar direta e/ou indiretamente ao público.
- Incluir em base de dados, arquivar em formato impresso, armazenar em computador, inclusive em sistema de nuvem, microfilmar e as demais formas de arquivamento do gênero;
- Comercializar, divulgar, veicular, publicar etc.
- Quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas.
- A pessoa autora autoriza a reprodução e a citação de seu trabalho em repositórios institucionais, página pessoal, trabalhos científicos, dentre outros, desde que a fonte seja citada.
- A presente cessão é válida para todo o território nacional e para o exterior.
- Este termo entra em vigor durante o processo de submissão e é firmado pelas partes em caráter irrevogável e irretratável, obrigando definitivamente as partes e seus sucessores a qualquer título.
- O não aceite do artigo, pela Revista de Filosofia Aurora, tornará automaticamente sem efeito a presente declaração.


