Encarando a atrocidade: a vergonha e sua ausência

Autores

  • Willian Martini Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  • Tiago Azambuja Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  • Janyne Sattler Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

DOI:

https://doi.org/10.7213/aurora.28.044.TD01

Resumo

Neste artigo, concentro-me sobre quatro variedades possíveis de ausência da vergonha. Minha esperança é a de que a reflexão sobre essas variedades possa, de alguma maneira, nos dar uma imagem mais completa acerca do papel que a vergonha desempenha sobre nosso caráter moral e nas discussões a respeito da atrocidade. Observo que a vergonha que emerge de uma exposição à atrocidade pode em parte constituir aquilo que nos leva a identificar oevento como atroz. Prossigo então argumentando que quando a vergonha está ausente, esta ausência pode servir para nos cegar para a atrocidade que está à nossa frente, e que é nossa tarefa tentar evitar. Sentir vergonha faz parte de ver a atrocidade pelo que ela é de uma maneira apropriada emocionalmente engajada. Ela é, portanto, uma parte vital de ser humano, e sua ausência em certos casos é uma insuficiência demasiadamente humana de humanidade.

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Publicado

2016-04-07

Como Citar

Martini, W., Azambuja, T., & Sattler, J. (2016). Encarando a atrocidade: a vergonha e sua ausência. Revista De Filosofia Aurora, 28(44), 689–716. https://doi.org/10.7213/aurora.28.044.TD01

Edição

Seção

Tradução