De Foucault à Butler, en passant par Sartre : l’impossibilité du « nous » ?
DOI:
https://doi.org/10.7213/1980.5934.31.052.DS01Palavras-chave:
Soulèvement. Groupe de fusion. Politique de coalition. Foucault. Sartre. Butler.Resumo
L’article met au point un questionnement critique sur la notion de soulèvement en tant
que celle-ci met en jeu les conditions d’émergence d’un collectif, les conditions de la survenue
d’une action et d’une parole collective – et aussi le problème de leur devenir. De ce point de vue, c’est le « nous » qui sera au centre de l’interrogation. Plus précisément : à quelles conditions un « nous » se forme-t-il ? Comment passe-t-on d’une collection d’individualités à l’organisation d’un groupe ? Qui dit « nous » ? Et quelles sont les implications (mais peut-être aussi les limites) de ce « nous » dans l’ordre politique ? De telles questions hantent l’histoire et la philosophie politiques et il n’est pas dans l’objet de cet article de reprendre tous les débats qui ont pu les animer. Il s’agit plutôt de montrer que ce type de questionnement sur le « nous » est très présent chez Foucault mais qu’il reste encore pour une part inabouti lorsqu’il s’agit de penser les modalités d’émergence d’un collectif en lutte. Cet inaboutissement nous permet d’en évaluer la possibilité (ou l’impossibilité) dans la pensée de Sartre et dans les recherches de Butler.
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