Patentes e sementes transgênicas: o viés econômico-mercadológico
DOI:
https://doi.org/10.7213/rev.dir.econ.soc.v11i3.26786Palabras clave:
Patentes, Sementes transgênicas, Transgênicos, Viés econômico-mercadológico.Resumen
Este trabalho analisou a tratativa de elementos legais e econômicos no que tange à exploração mercadológica a partir do sistema de patentes de tecnologia transgênica contida em sementes como um instrumento de poder. Como objetivo, estabeleceu-se: apresentar um marco teórico conceitual do atual sistema de patentes de tecnologia transgênica contida em sementes, pelo viés econômico-mercadológico. O trabalho buscou resolver o seguinte problema de pesquisa: Quais as perspectivas legais e econômicas a partir das concessões/uso de patentes de tecnologia transgênica no Brasil? Para responder a esta questão, a utilizou-se a abordagem dialética e a teoria de base sistêmico-complexa, tendo em vista a utilização de formulações sistemáticas na abordagem quanto ao patenteamento de transgênicos avaliado sob o enfoque agronômico, econômico, social, ético e jurídico. Como procedimento, empregou-se a análise bibliográfica. Como técnica realizou-se a produção de fichamentos, resenhas e resumos. Diante do exposto, apresentou-se a emergência de um sistema produtivo à margem do dinheiro, do poder e da economia, por meio do patenteamento de tecnologia transgênica contida em sementes perante a operacionalização industrial da técnica sobre a vida biológica.
Descargas
Citas
BARBOSA, Denis Borges. Uma introdução à propriedade intelectual. 2 ed. Editora Lumen Juris: Rio de Janeiro, 2003.
BENJAMIN, Antônio Herman. Constitucionalização do ambiente e ecologização da constituição brasileira. In: CANOTILHO, José Joaquim Gomes; LEITE, José Rubens Morato (orgs.). Direito constitucional ambiental brasileiro. 5 ed rev. São Paulo: Saraiva, 2012.
BORÉM, Aluízio. Melhoramento de espécies cultivadas. Viçosa: UFV, 1999.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Dispõe sobre Constituição Federal. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 09 jan. 2018.
BRASIL. Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio. Cópia do Decreto Legislativo nº 1.355, de 30 de dezembro de 1994. Disponível em: http://www.inpi.gov.br/legislacao-1/27-trips-portugues1.pdf. Acesso em: 20 jan. 2018.
BRASIL. Decreto nº 1.752, de 20 de dezembro de 1995. Regulamentava a antiga Lei de Biossegurança. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1752.htm. Acesso em: 13 jun. 2020.
BRASIL. Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996. Dispõe sobre propriedade industrial. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9279.htm. Acesso em: 20 jan. 2018.
CAPRA, Fritjof. As conexões ocultas. Ciência para uma vida sustentável. Tradução Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Pensamento, 2002.
DEL NERO, Patrícia Aurélia. Biotecnologia: análise crítica do marco jurídico regulatório. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
DEL NERO, Patrícia Aurélia. Propriedade Intelectual – A tutela jurídica da biotecnologia. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
DOMINGUES, Douglas Gabriel. Comentários à lei da propriedade industrial: Lei nº 9.279 de 14 de maio de 1996, modificada pela Lei nº 10.196 de 14.02.2001 (DOU, 16.02.2001). Rio de Janeiro: Forense, 2009.
FERMENT, Gilles et al.. Lavouras transgênicas – riscos e incertezas: mais de 750 estudos desprezados pelos órgãos reguladores de OGMs. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Agrário, Nead debate, 2015.
FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Tradução Luiz Felipe Baeta Neves. 7 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Tradução Roberto Machado. Rio de Janeiro, Graal, 1979.
FRITZ, Jean-Claude. Las múltiples finalidades del sistema de propiedad intelectual. Puesta em perspectiva de um elemento del conflicto entre el derecho internacional de los negocios y el derecho de los pueblos. In: RUBIO, David Sánchez; ALFARO, Norman J. Solórzano; CID, Isabel V. Lucena. Nuevos colonialimos del capital: propiedad intelectual, biodiversidad y derecho de los pueblos. Barcelona: Içaria, 2004, p. 225-273.
HOBSBAWM, Eric. O novo século. Entrevista a Antônio Polito. São Paulo: Cia das Letras, 2000.
JUNGES, José Roque. (Bio) Ética Ambiental. São Leopoldo: Unisinos, 2010.
LEITE, José Rubens Morato (coord.). Manual de direito ambiental. 1. ed. São Paulo: Saraiva: 2015.
LISBOA, Marijane. Transgênicos no Brasil: o descarte da opinião pública. In: DERANI, Cristiane (org.). Transgênicos do Brasil e biossegurança. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 2005.
MORIN, Edgar. Ciência com consciência. Tradução Maria Gabriela de Bragança e Maria da Graça Pinhão. 4 ed. Rio de Janeiro, RJ: Bertrand Brasil, 2000.
OST, François. A Natureza a Margem da Lei: a ecologia à prova do Direito. Lisboa: Piaget, 1995.
PATERNIANI, E. Melhoramento convencional e transgenia: o que mudou. Jornal da ANBio. Ano 1, n. 1. Janeiro de 2001.
PETERS, Michael A.. Economias Biopolíticas da Dívida. In: Caderno IHU ideais, a. 14, n. 236, v. 14, 2016.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A globalização da natureza e a natureza da globalização. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.
RIFKIN, Jeremy. O século da biotecnologia: a valorização dos genes e a reconstrução do mundo. São Paulo: Makron Books, 1999.
ROBIN, Marie- Monique. Arte TV. PARIS, 11 de Março de 2008. O Mundo Segundo a Monsanto. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=y6leaqoN6Ys. Acesso em: 10 ago. 2017.
SANTILLI, Juliana Ferraz da Rocha. Agrobiodiversidade e Direitos dos agricultores. 2009. 409f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Direito – Doutorado) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2009.
SANTOS, Laymert Garcia dos. Quando o conhecimento tecnocientífico se torna predação hight-tech: recursos genéticos e conhecimento tradicional no Brasil. Boaventura de Sousa Santos (org.) Semear outras Soluções: os caminhos da biodiversidade e dos conhecimentos rivais. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
SCHNEIDER, Nádia. Guia prático de propriedade intelectual – para universidades, empresas e inventores. Santa Maria: Editora UFSM, 2006.
SERRA, Silvia Helena. Caso soja Roundup Ready: a violação do princípio democrático e do princípio da publicidade pela CTNBio. In: DERANI, Cristiane (org.). Transgênicos do Brasil e biossegurança. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 2005.
SHIVA, Vandana. Biodiversidade, Direitos de Propriedade Intelectual e Globalização.
In: SANTOS, Boaventura de Sousa. Semear Outras Soluções: Os Caminhos da Biodiversidade e dos Conhecimentos Rivais. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
SUGUIEDA, Márcio Heidei. O tênue equilibro da propriedade intelectual no Brasil. In: DEL NERO, Patrícia Aurélia (coord.). Propriedade intelectual e transferência de tecnologia. Editora Fórum: Belo Horizonte, 2011.
VIEIRA, Adriana Carvalho Pinto et al. A proteção da Biotecnologia no Agronegócio: tendências e oportunidades. In: PLAZA, Charlene Maria C. de Ávila; DEL NERO, Patrícia Aurélia (org.). Proteção jurídica para as ciências da vida: propriedade intelectual e biotecnologia. São Paulo: Instituto Brasileiro de Propriedade Intelectual, 2012, p. 610-635.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
- Autores mantienen los derechos autorales y conceden a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Creative Commons - Atribución 4.0 Internacional, que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
- Autores tienen autorización para asumir contratos adicionales separadamente, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (ej.: publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
- Autores tienen permiso y son estimulados a publicar y difundir su trabajo online (ej.: en repositorios institucionales o en su página personal) a cualquier punto antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar alteraciones productivas, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (Véase El Efecto del Acceso Libre).