Perspectivas da gestão do saneamento básico no Brasil: prestação indireta e deficiências setoriais
DOI:
https://doi.org/10.7213/rev.dir.econ.soc.v9i1.21305Palabras clave:
saneamento ambiental, políticas públicas, administração gerencial, privatização, coordenação federativaResumen
No Brasil, o saneamento básico, conjunto de procedimentos que visam propiciar aos habitantes de determinada região uma situação higiênica saudável, está longe de ser universalizado. Na região Norte, pesquisas apontam que 54,51% da população encontra-se servida de água impoluta para consumo, sendo que mais de 100 milhões de brasileiros não têm acesso a uma rede de esgoto. Muito embora a Lei do Saneamento Básico preveja como diretriz nacional para a política pública de saneamento a universalização de acesso, a ausência de articulação efetiva entre entes federativos para a melhor prestação do serviço à população contribui para que grande parte dos cidadãos se encontrem alijados de condição mínimas de higiene. No modelo de administração gerencial adotado pelo Brasil a partir da década de 1990, em que o Estado recebe papel fiscalizatório predominante, concedendo à iniciativa privada grande parte dos serviços públicos, verifica-se uma tendência contemporânea à privatização em sentido lato das atividade inerentes ao saneamento básico. A partir da análise concernente a este modelo de gestão, baseando-se no método hipotético-dedutivo, buscar-se-á a identificação das insuficiências da política nacional de saneamento ambiental, com o escopo de formulação de propostas que tendam a garantir a melhor implementação dos projetos de governo nesta área.
Descargas
Citas
BRASIL. Lei n.°11.445, de 5 de janeiro de 2007, Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987. de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil, Brasília, DF, DOU 8.1.2007.
BRASIL. Decreto Federal n.° 7.217, de 21 de junho de 2010, Regulamenta a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, DOU 21.06.2010.
BUCCI, M. P. D. Fundamentos para uma teoria jurídica das políticas públicas. São Paulo: Saraiva, 2013.
BUCCI, M. P. D. Quadro de referência de uma Política Pública: primeiras linhas de uma visão jurídico-institucional. In: O Direito na Fronteira das Políticas Públicas. São Paulo: Faculdade de Direito Mackenzie, 2016.
COUTINHO, D. R. et al. Poder concedente e marco regulatório no saneamento básico. Cadernos Direito GV, FGV, São Paulo, v. 2, p. 1-74. 2000.
CUNHA, A. dos S. Saneamento Básico no Brasil: Desenho Institucional e Desafio Federativo. IPEA, 2011.
DUARTE, C. S. O Ciclo das Políticas Públicas. In O Direito e as Políticas Públicas no Brasil. SMANIO, Gianpaolo Poggio e BERTOLIN, Patricia Tuma Martins (orgs.). São Paulo, Atlas, 2013.
DUARTE, C. S. Para além da Judicialização: a necessidade de uma nova forma de abordagem das Políticas Públicas. In: O Direito na Fronteira das Políticas Públicas. São Paulo: Faculdade de Direito Mackenzie, 2016.
HEGEL, G. W. F. Enciclopédia das ciências filosóficas em compêndio. São Paulo, Loyola, 2005.
INSTITUTO TRATA BRASIL. Perdas de Água: Desafios ao Avanço do Saneamento Básico e à Escassez Hídrica – 2015. Relatório. São Paulo, 2015.
GRIMM, Dieter. Constitucionalismo y derechos fundamentales. Madri: Editorial Trotta, 2006.
GRIMM, Dieter. Ociosidade das Redes de Esgotamento Sanitário no Brasil. Relatório. São Paulo, 2015.
LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
LINHARES, P. de T. F. S. et al. Cooperação federativa: a formação de consórcios públicos no Brasil. Brasil em Desenvolvimento. Brasília: Ipea, 2010.
MACHADO, P. A. L. Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo, Malheiros, 2015.
NOHARA, I. P. Reforma Administrativa e Burocracia. São Paulo: Atlas, 2016.
MINISTÉRIO DAS CIDADES. Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB). Brasília, 2013.
MINISTÉRIO DAS CIDADES. Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos. Brasília, 2014.
MOTTA, R. S. da. Questões regulatórias do setor de saneamento no Brasil. Rio de Janeiro: Ipea, 2004 (Nota técnica, n. 5).
SZKLAROWSKY, L. F. Convênios, consórcios administrativos, ajustes e outros instrumentos congêneres. In: Revista do Instituto dos Advogados. São Paulo, 1999.
WEBER, M. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: UNB, 1999.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
- Autores mantienen los derechos autorales y conceden a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Creative Commons - Atribución 4.0 Internacional, que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
- Autores tienen autorización para asumir contratos adicionales separadamente, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (ej.: publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
- Autores tienen permiso y son estimulados a publicar y difundir su trabajo online (ej.: en repositorios institucionales o en su página personal) a cualquier punto antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar alteraciones productivas, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (Véase El Efecto del Acceso Libre).