Imperalismo, desenvolvimento econômico e degradação ambiental: uma análise da crise ecológica sob a perspectiva dictômica centro-periferia
DOI:
https://doi.org/10.7213/rev.dir.econ.soc.v8i3.8678Palavras-chave:
desenvolvimento econômico, imperalismo, marxismo, meio ambiente, ecologia.Resumo
O presente artigo trata do modelo de desenvolvimento econômico predominante no sistema capitalista e aponta as consequências ambientais negativas que decorrem desse e afetam as regiões globais periféricas. Para tanto, realizou-se um resgate histórico que abrangeu as práticas dos países imperialistas na modernidade e observou-se a degradação ambiental no âmbito internacional. Ademais, adotou-se o método de abordagem materialista histórico-dialético e o instrumental teórico marxista para a análise da crise socioambiental, com o auxílio de documentação indireta enquanto técnica de pesquisa. Em sede conclusiva, verificou-se que a territorialização dos impactos ambientais negativos é um efeito intrínseco ao capitalismo imperialista no período globalizado, que especialmente ocorre em detrimento dos países pobres e pode ser explicada em razão de relações de exploração social e ambiental ao longo da história, que culminaram no arranjo sociopolítico e econômico internacional da contemporaneidade.
Downloads
Referências
FOSTER, John Bellamy. A ecologia da economia política marxista. Revista lutas sociais, v.28, p. 87-103, 2012. Disponível em: <http://www.pucsp.br/neils/revista/vol.28/john-bellamy-foster.pdf>. Acesso em: 08 abr. 2016.
FRANK, Ander Gunder. Dependencia economica, estructura de clases y politica del subdesarrollo en Latinoamerica. Revista Mexicana de Sociología, v. 32, n. 2, p. 229-282, 1970.
¬¬______. El subdesarollo como problema. Revista BCV. v. 19, n. 2. p. 15-55, 2005. Disponível em: <http://www.bcv.org.ve/Upload/Publicaciones/rbcvs022005.pdf>. Acesso em: 08 abr. 2017.
FREITAS, Rosana de Carvalho Martinelli; NÉLSIS, Camila Magalhães; NUNES, Letícia Soares. A crítica marxista ao desenvolvimento (in)sustentável. Revista Katálysis. v.15, n. 1, p.41-51, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rk/v15n1/a04v15n1>. Acesso em: 08 abr. 2017.
FURTADO, Celso. Introdução ao desenvolvimento: enforque histórico-estrutural. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo: UNESP, 1991.
HARVEY, David. O novo imperialismo. São Paulo: Loyola, 2005.
HOBSBAWM, Eric J. A Era dos Impérios. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
IANNI, Octavio. Teorias da globalização. 9. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
LEFF, Enrique. Ecologia, capital e cultura: a territorialização da racionalidade ambiental. Rio de Janeiro: Vozes, 2009.
LEFF, Enrique. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. 9 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2012.
LENIN, Vladimir Ilitch. O imperialismo: fase superior do capitalismo. São Paulo: Centauro, 2010.
LÖWY, Michael. A teoria do desenvolvimento desigual e combinado. Actuel Marx, n. 18, p. 73-80, 1995.
LÖWY, Michael. O que é o ecossocialismo? São Paulo: Cortez, 2014.
LUXEMBURG, Rosa. A acumulação do capital: estudo sobre a interpretação econômica do imperialismo. Rio de Janeiro: Zahar, 1970.
MARINI, Ruy Mauro. América Latina, dependencia y globalización. Buenos Aires: Siglo XXI, 2015.
MARINI, Ruy Mauro. América Latina, dependencia y globalización. Bogotá: Siglo del Hombre, 2008.
MARX, Karl. O Capital. Vol. 1. São Paulo: Boitempo, 2013.
MASCARO, Alysson. Estado e forma política. São Paulo: Boitempo, 2013.
MÉSZÁROS, István. Produção destrutiva e estado capitalista. 2. ed. São Paulo: Ensaio, 1996.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A globalização da natureza e a natureza da globalização. 4ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. Desafio ambiental. Rio de Janeiro: Record, 2004.
QUIJANO, Anibal. El nuevo imaginário anticapitalista. Disponível em: <http://red.pucp.edu.pe/ridei/files/2011/08/090706.pdf>. Acesso em 08 abr. 2017.
RAMALHO, Cristiano Wellington Noberto. A natureza da natureza em Marx. Tomo, v. 17, p. 153-181, 2010. Disponível em: <http://www.seer.ufs.br/index.php/tomo/article/view/512/428>. Acesso em: 08 abr. 2017.
RIBEIRO, Guilherme da S. Marx Ecológico? Uma crítica. Resenha de "A ecologia de Marx: materialismo e natureza" de John Bellamy. Ambiente & Sociedade, v. XIV, p. 245-248, 2011. Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=31721024014>. Acesso em: 08 abr. 2017.
SANTOS, Elinaldo Leal; BRAGA, Vitor; SANTOS, Reginaldo Souza; et al. Desenvolvimento: um conceito multidimensional. Desenvolvimento Regional em debate. v. 2, n. 1, p. 44-61, 2012. Disponível em: . Acesso em 08 abr. 2017.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: ténica e tempo. Razão e emoção. 4 ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 6ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.
SANTOS, Milton. The structure of dependence. The American Economic Review. v. 60. n. 2, p. 231-236, 1970.
SANTOS, Theotonio dos. Imperialismo y dependencia. Caracas: Biblioteca Ayacucho, 2011.
SINGER, Paul. Desenvolvimento capitalista e desenvolvimento solidário. Estudos avançados. São Paulo, v. 18, n. 51, p. 7-22, ago. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010340142004000200001&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 19 set. 2017.
THEIS, Ivo Marcos; BUTZKE, Luciana. O desenvolvimento geográfico desigual de uma perspectiva latino-americana. Londrina: Simpósio lutas sociais na América Latina, 2010. 10 p. Disponível em: <http://www.uel.br/grupo-pesquisa/gepal/anais_ivsimp/gt8/13_ivotheis&lucianabtzke.pdf>. Acesso em: 19 set. 2017.
WALDMAN, Maurício. Ecologia e lutas sociais no Brasil. São Paulo: Contexto, 1992.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).