Desenvolvimento e neoextrativismo: conflitos socioambientais e a necessária consulta prévia nos projetos de infraestrutura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7213/revdireconsoc.v14i3.29757

Palavras-chave:

direito à consulta prévia; povos e comunidades tradicionais; desenvolvimento; neoextrativismo; protocolos de consulta.

Resumo

O presente trabalho propõe a investigar a efetividade do direito à consulta livre, prévia e informada na implementação de projetos de infraestrutura que atinjam povos e comunidades tradicionais. Para tal, utiliza-se o método analítico, bem como a pesquisa bibliográfica e descritiva e método de abordagem qualitativo. O modelo de desenvolvimento extrativista adotado no Brasil tem investido na instalação de megaprojetos de infraestrutura, como a construção de Usinas Hidrelétricas e Barragens. Com a construção desses megaprojetos, surgem riscos e impactos que são suportados pelos povos e comunidades tradicionais afetados. O Brasil é signatário da Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que estabelece o direito à consulta livre, prévia e informada dos povos que eventualmente possam ser atingidos por projetos ou obras em seu território, bem como o direito ao consentimento. O direito à consulta prévia é um instrumento de proteção dos direitos dos povos e comunidades tradicionais, frente aos projetos de infraestrutura e é realizado por meio dos Protocolos Autônomos de Consulta, que estabelecem a maneira como o Estado deverá consultá-los.

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Biografia do Autor

Isaene de Arruda Santos, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Pós-Graduanda em Direito do Trabalho e Previdenciário pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (Belo Horizonte – MG, Brasil). Graduada em Direito pela Universidade de Pernambuco, Campus Arcoverde (Arcoverde – PE, Brasil). Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa Transdisciplinares sobre Meio Ambiente, Diversidade e Sociedade – GEPT/UPE/CNPq.

Clarissa Marques, Universidade de Pernambuco

Docente do curso de Direito da Universidade de Pernambuco, Campus Arcoverde (Arcoverde – PE, Brasil). Doutorado pela Universidade Federal de Pernambuco (2012). Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisa Transdisciplinares sobre Meio Ambiente, Diversidade e Sociedade – GEPT/UPE/CNPq. Coordenadora do Projeto de Extensão Direitos em Movimento – DIMO. Coordenadora do Programa de Extensão TransVERgente (UPE/FIOCRUZ). Coordenadora do Projeto de Inovação Pedagógica Ser Quilombola (GEPT-UPE/DPU).

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Publicado

2023-12-30

Como Citar

SANTOS, I. de A.; MARQUES, C. Desenvolvimento e neoextrativismo: conflitos socioambientais e a necessária consulta prévia nos projetos de infraestrutura. Revista de Direito Econômico e Socioambiental, Curitiba, v. 14, n. 3, p. e249, 2023. DOI: 10.7213/revdireconsoc.v14i3.29757. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/direitoeconomico/article/view/29757. Acesso em: 13 nov. 2024.