“A cruz de Cristo” nas fábricas e nas escolas: Amélia de Rezende Martins e a Ação Social Brasileira (ASB)

Autores

  • Amanda Haydn Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Mauro Castilho Gonçalves Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.7213/1981-416X.19.063.DS07

Resumo

O presente artigo examina aspectos relacionados à trajetória política e intelectual de Amélia de Rezende Martins (1877-1948), nos âmbitos da educação e da cultura, privilegiadamente entre os anos de 1918 a 1932. A justificativa da periodização proposta ateve-se ao fato de que foi nessa fase que Martins publicou suas ideias, veiculou seus projetos e atuou em organismos ligados à educação escolar e à cultura em geral. Destacam-se, nesses âmbitos, a imprensa periódica carioca, a Associação Brasileira de Educação (ABE) e a Ação Social Brasileira (ASB). Na pesquisa foram utilizadas fontes disponíveis nos Arquivos da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), da Associação Brasileira de Educação (ABE) e do Centro de Memória da Universidade de Campinas (Unicamp). Na imprensa, foi objeto de análise a atuação de Martins nos jornais A União, O Paiz, A Cruz, Correio da Manhã, Jornal do Brasil, O Jornal e A Noite e Diário de Notícias. A análise indicou que Martins foi uma intelectual preocupada com a construção de um projeto cultural para o Brasil. Tal projeto, denominado Ação Social Brasileira (ASB), constituiu-se em essência em um anteprojeto para a fundação de uma instituição educacional e de assistência social – o Edifício Anchieta – uma forte aposta de Martins na educação como força capaz de resolver os problemas do país através da integração da classe trabalhadora em um programa de adestramento profissional, de educação moral, religiosa, cívica e higiene coletiva.

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Biografia do Autor

Amanda Haydn, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Doutoranda em Educação: História, Política e Sociedade pela PUC-SP. Mestre em Educação: História, Política e Sociedade pela PUC-SP. É membro do Grupo de Pesquisa História das Instituições e dos Intelectuais da Educação no Brasil. Especialista em Políticas Públicas de Educação (FAMOSP/2014). Graduada em Pedagogia pelo Centro Universitário Ítalo Brasileiro (2008). Possui Extensão Universitária em Tópicos Essenciais em Educação Básica e Diretrizes Curriculares X Realidade Escolar pela FAMOSP.

Mauro Castilho Gonçalves, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Mestre em Educação: História e Filosofia da Educação (PUC-SP/1997). Doutor em Educação: História, Política, Sociedade (PUC-SP/2003). Concluiu o pós-doutoramento na Universidade de Lisboa, Portugal (2015). Professor Assistente III da Universidade de Taubaté. Atua como docente/pesquisador no Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: História, Política, Sociedade da PUC-SP. É líder do Grupo de Pesquisa História das Instituições e dos Intelectuais da Educação Brasileira. Integrante do Grupo Intelectuais da Educação Brasileira: formação, ideias e ações, sediado na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Membro da Sociedade Brasileira de História da Educação e da Associação Nacional de História.

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Publicado

2019-12-20

Como Citar

Haydn, A., & Gonçalves, M. C. (2019). “A cruz de Cristo” nas fábricas e nas escolas: Amélia de Rezende Martins e a Ação Social Brasileira (ASB). Revista Diálogo Educacional, 19(63), 1465–1483. https://doi.org/10.7213/1981-416X.19.063.DS07