Dretske e o problema dos qualia

Autores/as

  • João Antonio de Moraes Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
  • Maria Eunice Quilici Gonzalez Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp)

DOI:

https://doi.org/10.7213/revistadefilosofiaaurora.7776

Resumen

Este artigo tem por objetivo apresentar e discutir a sugestão de Fred Dretske (1995) para analisar o problema dos qualia. Tal problema, caro à Filosofia da Mente, ficou conhecido pela discussão desenvolvida por Thomas Nagel em seu clássico artigo What is it like to be a bat. Nesse artigo, Nagel (1974) postulou a impossibilidade de se conhecer, em perspectiva de terceira-pessoa, os aspectos da experiência humana. Ele considera que, mesmo após as descrições objetivas da experiência de um sujeito, escapariam ainda aspectos qualitativos, fundamentais para se caracterizar os qualia. A partir de sua Tese Representacionista da mente, Dretske argumenta que seria possível dissolver esse problema se admitirmos que a mente é a face representacional do cérebro, a natureza dos qualia seria, assim, representacional. Nesse contexto, os fatos mentais relacionados às experiências seriam fatos representacionais: se conhecermos a natureza desses fatos representacionais conheceremos também a experiência do sistema que a representa. Diante de tal entendimento, discutimos em que medida a proposta dretskeana constitui (ou não) uma alternativa ao problema dos qualia.

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Publicado

2013-05-03

Cómo citar

de Moraes, J. A., & Quilici Gonzalez, M. E. (2013). Dretske e o problema dos qualia. Revista De Filosofía Aurora, 25(36), 305–322. https://doi.org/10.7213/revistadefilosofiaaurora.7776

Número

Sección

Fluxo contínuo