Direito dos governados e estado de exceção
DOI:
https://doi.org/10.7213/aurora.25.037.DS05Resumen
O artigo problematiza elementos implicados ao que seria um “direito dos governados” e ao problema do Estado de exceção. A biopolítica comparece como estreitamente relacionada tanto ao primeiro quanto ao segundo desses fatores. A motivação de fundo do artigo não é a oposição entre Estado de exceção e os direitos humanos. Trata-se de como pensar um direito à resistência da parte daqueles que, na condição de governados, veem transpostos seus limiares de tolerância ao que se lhes apresenta como algo da ordem do intolerável. De um lado, este remete à omissão e/ou negligência, pelo poder soberano, em garantir atenção e/ou proteção às necessidades vitais de certos grupos ou coletividades que se encontrariam, temporária ou permanentemente, em situaçãode risco, vulnerabilidade e/ou exclusão. De outro, remete, primeiro, às diversas modalidades de controle e governocom as quais o poder soberano e as corporações empresariais regulamentam, comercializam e modulam os modos de vida das populações e a conduta dos indivíduos que a elas pertencem; segundo, à magnitude com que se realizam esse controle e governo dos vivos. A estratégia analítica adotada faz um movimento pendular que vai de Foucault-Deleuze a Agamben-Schmitt, e vice-versa. Obviamente, leva-se em conta que esses dois polos não podem ser tomados como equivalentes entre si nem tampouco como homogêneos, tanto um em face do outro, quanto ambos em face do direito. Em todo caso, considera-se produtiva a estratégia de conduzir a investigação recorrendo-se, de um lado, a Agamben e a Schmitt, para abordar o tema do Estado de exceção, e, de outro, a afinidades existentes entre Foucault e Deleuze, para tratar do tema do direito dos governados.Descargas
Citas
AGAMBEN, G. Estado de exceção. São Paulo: Boitempo, 2004;
BERCOVICI, G. Constituição e estado de exceção permanente: atualidade de Weimar. Rio de Janeiro: Azougue, 2004;
CRIADO, A. (Coord.). Guia de direitos humanos: fontes para jornalistas. São Paulo: Cortez, 2003;
DELEUZE, G. Conversações. Tradução de Peter Pál Pelbart. Rio de Janeiro: Editora 34, 1992. (Coleção TRANS);
DELEUZE, G.; PARNET, C. Diálogos. Tradução de Eloisa Araújo Ribeiro. São Paulo: Escuta, 1998;
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Micropolítica e segmentaridade. In: DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. Tradução de Suely Rolnik. Rio de Janeiro: Editora 34, 1996. v. 3, p. 83-115.
FONSECA, M. A. Michel Foucault e o direito. São Paulo: Max Limonad, 2002.
FOUCAULT, M. História da sexualidade I: a vontade de saber. 7. ed. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque e José Augusto Guilhom Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.
FOUCAULT, M. Os direitos do homem em face dos governos. In: FOUCAULT, M. Ditos e escritos. Organização e seleção de textos de Manoel Barros da Motta. Tradução de Ana Lúcia Paranhos Pessoa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010. v. 6.
GROS, F. Direito dos governados, biopolítica e capitalismo. In: NEUTZLING, I.; RUIZ, C. M. M. B. (Org.). O (des)governo biopolítico da vida humana. São Leopoldo: Casa Leiria, 2011. p. 105-122.
OLIVEIRA, F. Capitalismo e política: um paradoxo letal. In: NOVAES, A. (Org.). O esquecimento da política. Rio de Janeiro: Agir, 2007. p. 283-296.
SANTOS, L. G. Brasil contemporâneo: estado de exceção? In: OLIVEIRA, F.; RIZEC, C. S. (Org.). A era da indeterminação. São Paulo: Boitempo, 2007. p. 289-352.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
El autor transfiere, por medio de cesión, a la EDITORA UNIVERSITARIA CHAMPAGNAT, persona jurídica de derecho privado, inscrita en el CNPJ/MF bajo el n.º 76.659.820/0009-09, establecida en la (calle) Rua Imaculada Conceição, n.º 1155, Prado Velho, CEP 80.215-901, en la ciudad de Curitiba/PR, los derechos abajo especificados y se compromete a cumplir lo que sigue:
Los autores afirman que la obra/material es de su autoría y asumen integral responsabilidad frente a terceros, ya sea de naturaleza moral o patrimonial, en razón de su contenido, declarando, desde ya, que la obra/material a ser entregada es original y no infringe derechos de propiedad intelectual de terceros.
- Los autores concuerdan en ceder de forma plena, total y definitiva los derechos patrimoniales de la obra/material a la EDITORA UNIVERSITARIA CHAMPAGNAT, a título gratuito y en carácter de exclusividad.
- LA CESIONARIA empleará la obra/material de la forma como mejor le convenga, de forma impresa y/u on line, incluso en el sitio del periódico de la EDITORA UNIVERSITARIA CHAMPAGNAT, pudiendo utilizar, disfrutar y disponer del mismo, en todo o en parte, para:
- Autorizar su utilización por terceros, como parte integrante de otras obras.
- Editar, grabar e imprimir, cuantas veces sean necesarias.
- Reproducir en cantidades que juzgue necesarias, de forma tangible e intangible.
- Adaptar, modificar, condensar, resumir, reducir, compilar, ampliar, alterar, mezclar con otros contenidos, incluir imágenes, gráficos, objetos digitales, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fraccionar, actualizar y realizar otras transformaciones, siendo necesaria la participación o autorización expresa de los autores.
- Traducir para cualquier idioma.
- Incluir en fonograma o producción audiovisual.
- Distribuir.
- Distribuir mediante cable, fibra óptica, satélite, ondas o cualquier otro sistema que permite al usuario realizar la selección de la obra o producción para recibirla en tiempo y lugar previamente determinados por quien formula la demanda y en los casos en que el acceso a las obras o producciones se haga por cualquier sistema que importe en pago por el usuario.
- Incluir y almacenar en banco de datos, físico, digital o virtual, incluso nube.
- Comunicar directa y/o indirectamente al público.
- Incluir en base de datos, archivar en formato impreso, almacenar en computador, incluso en sistema de nube, microfilmar y las demás formas de archivo del género;
- Comercializar, divulgar, vehicular, publicar etc.
- Otro tipo de modalidades de utilización existentes o que vengan a ser inventadas.
- Los autores concuerdan en conceder la cesión de los derechos de la primera publicación (carácter inédito) a la revista, licenciada bajo la CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION LICENSE, que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría.
- Los autores autorizan la reproducción y la citación de su trabajo en repositorios institucionales, página personal, trabajos científicos, entre otros, desde que la fuente sea citada.
- La presente cesión es válida para todo el territorio nacional y para el exterior.
- Este término entra en vigor en la fecha de su firma y es firmado por las partes en carácter irrevocable e irretractable, obligando definitivamente las partes y sus sucesores a cualquier título.
- La no aceptación del artículo, por la EDITORA UNIVERSITARIA CHAMPAGNAT, hará que la presente declaración sea automáticamente nula y sin efecto.