Artefatos biológicos artificiais: do modelo imitativo de inteligência artificial ao advento de organismos vivos programados

Autores/as

  • Kleber Candiotto Pontifícia Universidade Católica do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.7213/1980-5934.32.055.DS06

Palabras clave:

Inteligência Artificial. Modelo Imitativo. Abordagem Interacionista

Resumen

O programa de pesquisa em Inteligência Artificial, desde sua origem, tem a inteligência humana como modelo, e sua reprodução (ou superação) como escopo. Com o objetivo de sustentar a necessidade de um novo modelo de investigação sobre inteligência, a presente pesquisa destaca inicialmente o caráter imitativo da IA clássica mediante as críticas de Searle e Dreyfus ao projeto da IA. Procuramos sustentar que uma abordagem mais ampla de inteligência, como a sugerida por Bickhard, que tem comoreferência os sistemas físicos autossustentáveis recursivamente, partindo da investigação do funcionamento de inteligências primitivas, é a perspectiva mais produtiva para a IA. Para isso, apresentamos o advento dos “xenobots”, os organismos vivos programados, como um marco nesta perspectiva de pesquisa em IA que se desprende do modelo imitativo de inteligência, sem desconsiderar a dimensão interacionista dos organismos vivos, para promover uma “inteligência biológica artificializada”.

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Biografía del autor/a

Kleber Candiotto, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Doutor em Filosofia pela UFSCAR.

Professor do Programa de Pós-graduação em Filosofia da PUCPR.

 

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Publicado

2020-04-20

Cómo citar

Candiotto, K. (2020). Artefatos biológicos artificiais: do modelo imitativo de inteligência artificial ao advento de organismos vivos programados. Revista De Filosofía Aurora, 32(55). https://doi.org/10.7213/1980-5934.32.055.DS06