TOCQUEVILLE, O ASSOCIATIVISMO E ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE O TERCEIRO SETOR
DOI:
https://doi.org/10.7213/rfa.v20i26.1459Resumen
Baseado na análise da principal obra de Alexis de Tocqueville, “A
democracia na América”, dos anos 1830, demonstra-se a importância das
associações livres no projeto liberal-conservador deste autor, que
vislumbrou a democracia como um dado imponderável do seu tempo.
Tocqueville considerou que a democracia fundamentava-se na paixão
popular pela igualdade e não na ampliação da liberdade, a qual, na verdade,
a democracia bem poderia ameaçar. Deste modo, ele vai ser uma das
grandes influências para os atuais ideólogos do “Terceiro Setor” e do
neoliberalismo da Terceira Via, que concebem a necessidade de combater
os supostos males da mobilização popular contra a desigualdade não pela
repressão ou o cultivo da apatia política, mas justamente pela mobilização
dos indivíduos em causas pontuais, locais e fragmentárias que não possam
ameaçar o âmago do sistema capitalista.
Descargas
Citas
AMMANN, S. B. Ideologia do desenvolvimento de comunidade no Brasil.
ed. São Paulo: Cortez, 2003.
ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins
Fontes, 2002.
BURKE, E. Reflexões sobre a Revolução em França. Brasília: Universidade
de Brasília, 1982.
CHEVALLIER, J-J. As grandes obras políticas: de Maquiavel a nossos dias.
ed. Rio de Janeiro: Agir, 1999.
DAHL, R. A. A moderna análise política. Rio de Janeiro: Libador, 1970.
DURKHEIM, É. La Educación moral. Buenos Aires: Losada, 1947.
GIDDENS, A. A vida em uma sociedade pós-tradicional. In: BECK, U.;
GIDDENS, A.; LASH, S. Modernização reflexive: política, tradição e estética
na ordem social moderna. São Paulo: Editora da Unesp, 1997. cap. 2, p. 73-134.
______. A terceira via: reflexões sobre o impasse político atual e o futuro da
social-democracia. 4. ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.
LIMA, K. R. S. L.; MARTINS, A. S. Pressupostos, princípios e estratégias. In:
NEVES, L. M. W. (Org.). A nova pedagogia da hegemonia: estratégias do
capital para educar o consenso. São Paulo: Xamã, 2005. p. 43-67.
LEFORT, C. A invenção democrática: os limites da dominação totalitária.
São Paulo: Brasiliense, 1987.
MADISON, J.; HAMILTON, A.; JAY, J. O federalista. São Paulo: Abril,
v. 29. (Coleção Os Pensadores).
MELLO, M. P. de; FALLEIROS, I. Reforma da aparelhagem estatal: novas
estratégias de legitimação social. In: NEVES, L. M. W. (Org.). A nova
pedagogia da hegemonia: estratégias do capital para educar o consenso. São
Paulo: Xamã, 2005. p. 175-192.
MILL, J. S. Da liberdade. São Paulo: Ibrasa, 1963.
MONTAÑO, C. Terceiro setor e a questão social: crítica ao padrão emergente
de intervenção social. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2005. p. 49-87.
MONTESQUIEU, C. S. B. de. O espírito das leis. São Paulo: Cultrix, 1937.
MORAES, R. C. C. de. A democracia malcomportada. A teoria política do
neoliberalismo econômico. Universidade e Sociedade, São Paulo, ano 6, n.
, p. 121-129, jun. 1996.
NEVES, L. M. W. (Org.). A nova pedagogia da hegemonia: estratégias do
capital para educar o consenso. São Paulo: Xamã, 2005.
ORTEGA Y GASSET, J. Rebelião das massas. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
ORTIZ, R. Ciências sociais e trabalho intelectual. São Paulo: Olho
d’Água, 2002.
QUIRINO, C. G. Tocqueville: sobre a liberdade e a igualdade. In:
WEFFORT, F. C. (Org.). Os clássicos da política 2. 10. ed. São Paulo:
Ática, 2001. p. 149-160.
RIESMAN, D. A multidão solitária: um estudo da mudança do caráter
americano. São Paulo: Perspectiva, 1971.
SPENCER, H. El individuo contra el Estado. Madrid: Jucar, 1977.
TOCQUEVILLE, A. de. Democracia na América. São Paulo: Nacional, 1969.
______. O antigo regime e a revolução. São Paulo: Abril Cultural, 1973. v.
(Coleção Os Pensadores).
VALLE, M. R. do. A violência revolucionária em Hannah Arendt e Herbert
Marcuse: raízes e polarizações. São Paulo: Unesp, 2005.
WALLERSTEIN, I. Capitalismo histórico e civilização capitalista. Rio de
Janeiro: Contraponto, 2001.
WILSON, E. Rumo à estação Finlândia. São Paulo: Cia. das Letras, 1986.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
El autor transfiere, por medio de cesión, a la EDITORA UNIVERSITARIA CHAMPAGNAT, persona jurídica de derecho privado, inscrita en el CNPJ/MF bajo el n.º 76.659.820/0009-09, establecida en la (calle) Rua Imaculada Conceição, n.º 1155, Prado Velho, CEP 80.215-901, en la ciudad de Curitiba/PR, los derechos abajo especificados y se compromete a cumplir lo que sigue:
Los autores afirman que la obra/material es de su autoría y asumen integral responsabilidad frente a terceros, ya sea de naturaleza moral o patrimonial, en razón de su contenido, declarando, desde ya, que la obra/material a ser entregada es original y no infringe derechos de propiedad intelectual de terceros.
- Los autores concuerdan en ceder de forma plena, total y definitiva los derechos patrimoniales de la obra/material a la EDITORA UNIVERSITARIA CHAMPAGNAT, a título gratuito y en carácter de exclusividad.
- LA CESIONARIA empleará la obra/material de la forma como mejor le convenga, de forma impresa y/u on line, incluso en el sitio del periódico de la EDITORA UNIVERSITARIA CHAMPAGNAT, pudiendo utilizar, disfrutar y disponer del mismo, en todo o en parte, para:
- Autorizar su utilización por terceros, como parte integrante de otras obras.
- Editar, grabar e imprimir, cuantas veces sean necesarias.
- Reproducir en cantidades que juzgue necesarias, de forma tangible e intangible.
- Adaptar, modificar, condensar, resumir, reducir, compilar, ampliar, alterar, mezclar con otros contenidos, incluir imágenes, gráficos, objetos digitales, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fraccionar, actualizar y realizar otras transformaciones, siendo necesaria la participación o autorización expresa de los autores.
- Traducir para cualquier idioma.
- Incluir en fonograma o producción audiovisual.
- Distribuir.
- Distribuir mediante cable, fibra óptica, satélite, ondas o cualquier otro sistema que permite al usuario realizar la selección de la obra o producción para recibirla en tiempo y lugar previamente determinados por quien formula la demanda y en los casos en que el acceso a las obras o producciones se haga por cualquier sistema que importe en pago por el usuario.
- Incluir y almacenar en banco de datos, físico, digital o virtual, incluso nube.
- Comunicar directa y/o indirectamente al público.
- Incluir en base de datos, archivar en formato impreso, almacenar en computador, incluso en sistema de nube, microfilmar y las demás formas de archivo del género;
- Comercializar, divulgar, vehicular, publicar etc.
- Otro tipo de modalidades de utilización existentes o que vengan a ser inventadas.
- Los autores concuerdan en conceder la cesión de los derechos de la primera publicación (carácter inédito) a la revista, licenciada bajo la CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION LICENSE, que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría.
- Los autores autorizan la reproducción y la citación de su trabajo en repositorios institucionales, página personal, trabajos científicos, entre otros, desde que la fuente sea citada.
- La presente cesión es válida para todo el territorio nacional y para el exterior.
- Este término entra en vigor en la fecha de su firma y es firmado por las partes en carácter irrevocable e irretractable, obligando definitivamente las partes y sus sucesores a cualquier título.
- La no aceptación del artículo, por la EDITORA UNIVERSITARIA CHAMPAGNAT, hará que la presente declaración sea automáticamente nula y sin efecto.