Carl Schmitt, enemigo de sí mismo
DOI:
https://doi.org/10.7213/1980-5934.29.047.DS08Abstract
En este artículo me propongo dar razón de la falta de coherencia que afectaría al pensamiento de Carl Schmitt, y que se haría evidente, tal como lo desarrollo, ya en el paso de Teología Política a El Concepto de lo Político. En lo fundamental, intentaré mostrar cómo Schmitt, en su intento por volver contra el mundo y el estado modernos la idea de soberanía pensada bajo la lógica de excepción, no advierte que tal lógica es inherente a aquello mismo que deplora. Más precisamente, mediante dicha lógica Schmitt apunta hacia aquello que, bien entiende, sería la base del mundo moderno y de su racionalidad: la exclusión de lo absoluto, el consiguiente relativismo. Pero no advierte que esta exclusión es, a la vez absoluta, de modo que lo absoluto ha sido desplazado al lugar paradójico de la excepción. Así, queda atrapado por aquello que él mismo, en su El concepto de lo político, denomina “la asombrosamente consistente sistemática del pensamiento liberal”. Pues sólo de la muy moderna y absoluta (y paradójica) exclusión de lo absoluto – de lo absoluto en cuanto fundamento positivo, al cual se podría apelar para fundar una concepción positiva de lo político – se sigue que la razón suficiente de la regla, que la confirma y da vida, sólo pueda ser pensada como excepción. Con esto, excepción y regla devienen correlatos: aquélla sólo puede existir, en tanto excepción, a través de ésta; a su vez, la inmanencia de las reglas que constituyen el espacio político moderno no es ni podría jamás ser completa, de modo que el mismo afán de completarla pone en evidencia su incompletitud, la fisura a través de la cual se abre hacia la exterioridad de la excepción.
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