Carl Schmitt, enemigo de sí mismo
DOI:
https://doi.org/10.7213/1980-5934.29.047.DS08Resumo
En este artículo me propongo dar razón de la falta de coherencia que afectaría al pensamiento de Carl Schmitt, y que se haría evidente, tal como lo desarrollo, ya en el paso de Teología Política a El Concepto de lo Político. En lo fundamental, intentaré mostrar cómo Schmitt, en su intento por volver contra el mundo y el estado modernos la idea de soberanía pensada bajo la lógica de excepción, no advierte que tal lógica es inherente a aquello mismo que deplora. Más precisamente, mediante dicha lógica Schmitt apunta hacia aquello que, bien entiende, sería la base del mundo moderno y de su racionalidad: la exclusión de lo absoluto, el consiguiente relativismo. Pero no advierte que esta exclusión es, a la vez absoluta, de modo que lo absoluto ha sido desplazado al lugar paradójico de la excepción. Así, queda atrapado por aquello que él mismo, en su El concepto de lo político, denomina “la asombrosamente consistente sistemática del pensamiento liberal”. Pues sólo de la muy moderna y absoluta (y paradójica) exclusión de lo absoluto – de lo absoluto en cuanto fundamento positivo, al cual se podría apelar para fundar una concepción positiva de lo político – se sigue que la razón suficiente de la regla, que la confirma y da vida, sólo pueda ser pensada como excepción. Con esto, excepción y regla devienen correlatos: aquélla sólo puede existir, en tanto excepción, a través de ésta; a su vez, la inmanencia de las reglas que constituyen el espacio político moderno no es ni podría jamás ser completa, de modo que el mismo afán de completarla pone en evidencia su incompletitud, la fisura a través de la cual se abre hacia la exterioridad de la excepción.
Downloads
Referências
AGAMBEN, G. Infancia e historia: destrucción de la experiencia y origen de la historia. Buenos Aires: Adriana Hidalgo, 2003.
BARNOW, J. “Le vocabulaire du conatus”. In: ZARKA, Y. C. (ed.). Le vocabulaire de Hobbes. Paris: Librairie Philosophique J. Vrin, 1992. p. 103-124.
FOISNEAU, J. L. Hobbes et la toute-puissance de Dieu. Paris: Presses Universitaires de Frances, 2000.
GILLESPIE, M. A. The Theological Origins of Modernity. Chicago/London: The Chicago University Press, 2008.
HEIDEGGER, M. “La época de la imagen del mundo”. In: HEIDEGGER, M. Caminos de bosque. Madrid: Alianza Universidad, 1995. p. 75-109.
HEIDEGGER, M. Ser y Tiempo. Santiago de Chile: Ed. Universitaria, 1998.
HEIDEGGER, M. Nietzsche. Madrid: Ariel, 2013.
HOBBES, T. De Corpore. In: The English Works of Thomas Hobbes Collected and Edited by Sir William Molesworth, v. I. London: John Bohn, 1889.
HOBBES, T. Leviatán. O la materia, forma y poder de una república eclesiástica y civil. México DF: FCE, 1980.
KANT, I. Crítica de la Razón Pura. Madrid, Alfaguara, 1978.
MARDER, M. Groundless Existence. The Political Ontology of Carl Schmitt. New York/London: Continuum Press, 2010.
MILLER, J. A. “Extimité”. In: BRACHER et al. (ed.). Lacanian Structure of Discourse: Subject, Structure, and Society. New York: New York University Press, 1994. p. 74-87.
MONOD, J. Le hasard et la nécessité. Essai sur la philosophie naturelle de la biologie moderne. Paris: Éditions du Seuil, 1970.
NIETZSCHE, F. Werke. Kritische Gesamtausgabe, Berlin/New York: de
Gruyter, 1967, VI.3 ‘Dyonisos Dythiramben’.
NIETZSCHE, F. La gaya ciencia. Madrid: Akal, 1988.
NIETZSCHE, F. “On Truth and Lie in an Extra-Moral Sense”. In: NIETZSCHE, F. The birth of tragedy and other writings. Ed. R. Geuss; A. Nehamans. Cambridge: Cambridge University Press, p. 139-153, 1999.
POPKIN, R. La historia del escepticismo, desde Erasmo hasta Spinoza, Mexico DF: FCE, 1983.
SCHMITT, C. Der Begriff des Politischen. Berlín: Duncker & Humboldt, 1991.
SCHMITT, C. Roman Catholicism and Political Form, Westford, Connecticut/London: Greenwood Press, 1996.
SCHMITT, C. El concepto de lo político. Madrid: Alianza Ed. 1998.
SCHMITT, C. Romanticismo Político. Buenos Aires: Universidad Nacional de Quilmes Ediciones, 2000.
SCHMITT, C. El Leviatán en la teoría del estado de Thomas Hobbes, Buenos Aires: Ed. Struhart & Cia, 2002.
SCHMITT, C. “La science allemande du droit dans la lutte contre l’esprit juif”. Cités, v. 14, p. 173-180, 2003.
SCHMITT, C. Teología Política. Madrid: Trotta, 2009.
STRAUSS, L. “Comentario sobre el concepto de lo político, de Carl Schmitt”.
In: MEIER, H. Carl Schmitt, Leo Strauss y El concepto de lo político. Sobre un diálogo entre ausentes, Buenos Aires: Katz, 2008. p. 133-170.
VON HAYEK, F. A. “The Use of Knowledge in Society”. The American Economic Review, v. 5, n. 4, p. 519-530, 1945.
WITTGENSTEIN, L. “A Lecture on Ethics”. In: The Philosophical Review, v. 74 n. 1, p. 3-12, 1965.
ZARKA, Y.C. “Le mythe contre la raison: Carl Schmitt ou la triple trahison de Hobbes”. In: ZARKA, Y. C. Carl Schmitt ou le mythe du politique. Paris: Presses Universitaires de France, p. 47-70, 2009.
ZARKA, Y. C. “El mito contra la razón. Carl Schmitt o la triple traición a Hobbes”, In: ZARKA, Y. C. Carl Schmitt o el mito de lo político. Buenos Aires: Nueva Visión, p. 37-54, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O autor transfere, por meio de cessão, à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 76.659.820/0009-09, estabelecida na Rua Imaculada Conceição, n.º 1155, Prado Velho, CEP 80.215-901, na cidade de Curitiba/PR, os direitos abaixo especificados e se compromete a cumprir o que segue:
- Os autores afirmam que a obra/material é de sua autoria e assumem integral responsabilidade diante de terceiros, quer de natureza moral ou patrimonial, em razão de seu conteúdo, declarando, desde já, que a obra/material a ser entregue é original e não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual de terceiros.
- Os autores concordam em ceder de forma plena, total e definitiva os direitos patrimoniais da obra/material à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, a título gratuito e em caráter de exclusividade.
- A CESSIONÁRIA empregará a obra/material da forma como melhor lhe convier, de forma impressa e/ou on line, inclusive no site do periódico da EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, podendo utilizar, fruir e dispor do mesmo, no todo ou em parte, para:
- Autorizar sua utilização por terceiros, como parte integrante de outras obras.
- Editar, gravar e imprimir, quantas vezes forem necessárias.
- Reproduzir em quantidades que julgar necessária, de forma tangível e intangível.
- Adaptar, modificar, condensar, resumir, reduzir, compilar, ampliar, alterar, mixar com outros conteúdos, incluir imagens, gráficos, objetos digitais, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fracionar, atualizar e realizar quaisquer outras transformações, sendo necessária a participação ou autorização expressa dos autores.
- Traduzir para qualquer idioma.
- Incluir em fonograma ou produção audiovisual.
- Distribuir.
- Distribuir mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permite ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário.
- Incluir e armazenar em banco de dados, físico, digital ou virtual, inclusive nuvem.
- Comunicar direta e/ou indiretamente ao público.
- Incluir em base de dados, arquivar em formato impresso, armazenar em computador, inclusive em sistema de nuvem, microfilmar e as demais formas de arquivamento do gênero;
- Comercializar, divulgar, veicular, publicar etc.
- Quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas.
- Os autores concordam em conceder a cessão dos direitos da primeira publicação (ineditismo) à revista, licenciada sob a CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION LICENSE, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
- Os autores autorizam a reprodução e a citação de seu trabalho em repositórios institucionais, página pessoal, trabalhos científicos, dentre outros, desde que a fonte seja citada.
- A presente cessão é válida para todo o território nacional e para o exterior.
- Este termo entra em vigor na data de sua assinatura e é firmado pelas partes em caráter irrevogável e irretratável, obrigando definitivamente as partes e seus sucessores a qualquer título.
- O não aceite do artigo, pela EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, tornará automaticamente sem efeito a presente declaração.