WITTGENSTEIN E MOORE: SOBRE A CERTEZA

Autores

  • Arturo Fatturi Filosofia na Universidade Federal da Fronteira Sul

DOI:

https://doi.org/10.7213/aurora.26.039.DS09

Resumo

Neste ensaio será analisada a resposta fornecida por George Edward Moore ao questionamento do filósofo cético quanto à existência de objetos exteriores a nós. Num primeiro momento analisar-se-á a resposta oferecida por Moore e sua estrutura. Num segundo momento se faz a análise da efetividade que as respostas de Moore apresentam como soluções à dúvida cética. Após essas análises, passamos a considerar criticamente a empreitada de Moore segundo o ponto de vista da filosofia de Ludwig Wittgenstein exposta em sua obra On Certainty. Nossa conclusão é que as proposições apresentadas por Moore não servem de provas, uma vez que elas não são provenientes de investigações empíricas. Sendo assim, as alegadas proposições de Moore são de fato as estruturas que permitem que toda dúvida e investigação sejam lançadas. A partir disso, examinamos se as proposições de Moore podem ser consideradas conhecimento. Por fim, analisamos o status filosófico da dúvida cética que Moore pretende responder. Nossa intenção é mostrar que a dúvida cética não possui sentido e, por tal razão, apresenta-se como paradoxo ao nosso entendimento. Nossa conclusão é que a análise do ceticismo filosófico, tal como elaborado por Moore e Wittgenstein, possibilita-nos alcançar clareza quanto ao conjunto de proposições que fazem parte do sistema do qual as dúvidas e investigações podem ser levantadas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

MOORE, G. E. Defesa do Senso Comum. São Paulo: Abril Cultural, 1980. (Os pensadores).

MOORE, G. E. Prova de um Mundo Exterior. São Paulo: Abril Cultural, 1980. (Os pensadores).

STROLL, A. Moore and Wittgenstein on certainty. New York : Oxford University Press, 1994.

WITTGENSTEIN, L. On Certainty. Oxford: Blackwell, 1969.

Downloads

Publicado

2014-04-28

Como Citar

Fatturi, A. (2014). WITTGENSTEIN E MOORE: SOBRE A CERTEZA. Revista De Filosofia Aurora, 26(39), 671–691. https://doi.org/10.7213/aurora.26.039.DS09