De la irreductible presencia del salvaje hobbesiano en la obra de Sigmund Freud
DOI:
https://doi.org/10.7213/aurora.26.038.DS.01Resumo
Este artículo tiene por objetivo realizar una crítica inmanente a la obra de Freud. Su principal hipótesis es que el concepto antropológico hobbesiano del estado de naturaleza, como la guerra de todos contra todos, infl uencia Freud y produce algunos impasses mayores en su obra: la imposibilidad de fundar una clínica que no dependa de la sugestión y la imposibilidad de pensar un lazo social ateo, es decir, no regulado por la culpa. Para llevar adelante este encuentro entre Freud y Hobbes, este artículo recurre al concepto de “paradigma inmunitario” de Roberto Esposito. En este sentido el artículo muestra, junto a la lectura que René Girard hace de Totem y Tabú, que el concepto freudiano de sacrifi cio, lejos de apaciguar la ley totémica, la produce retroactivamente. La consecuencia de esta relación invertida entre ley y sacrifi cio ha sido caracterizada como la inevitable deriva tanatopolítica del liberalismo moderno: para conservar la vida, hay que sacrifi carla; para conservar la ley, hay que fundarla y refundarla con violência ilegítima. Es decir, una vez que la obra de Freud asume los presupuestos antropológicos hobbesianos, queda atrapada entre el fantasma del retorno destructivo del salvaje pre-social y la ley superyoica que, si bien parece ser la única capaz de controlar al salvaje, no hace sino que perpetuar su violencia y la necesidad de repetir el sacrificio.Downloads
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