Por que uma ética do futuro precisa de uma fundamentação ontológica segundo Hans Jonas

Autores

  • Jelson Roberto de Oliveira Pontifícia Universidade Católica do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.7213/revistadefilosofiaaurora.7510

Resumo

O objetivo deste artigo é investigar quais são as bases ontológicas da ética do futuro, tendo como leitmotiv o conceito de reciprocidade ou, sendo mais preciso, justamente a sua prescindibilidade no âmbito ético, a qual repercute como necessidade ontológica de fundamentação. Partiremos de uma análise do próprio conceito de “ética do futuro” para, explicitar, na sequência, por que, com Jonas, o futuro se torna objeto ético e como ele exige a prescindibilidade da reciprocidade. A partir daí, pretendemos mostrar que a fundamentação ontológica da ética é o caminho de solução para o problema da ausência de reciprocidade e de que modo ela se constitui como crítica àquilo que Jonas chama de dois dogmas da filosofia: “nenhuma verdade metafísica” e “nenhum caminho do é para o deve” (PR, p. 95). Por isso, finalmente, tentaremos mostrar que é contra esses dogmas que se ergue a proposta jonasiana, fundamentada numa metafísica racional que nada mais é do que uma ontologia biológica.

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Publicado

2012-05-10

Como Citar

Roberto de Oliveira, J. (2012). Por que uma ética do futuro precisa de uma fundamentação ontológica segundo Hans Jonas. Revista De Filosofia Aurora, 24(35), 387–416. https://doi.org/10.7213/revistadefilosofiaaurora.7510